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Finalmente o aclamado sábado chegou, e com ele, a festa que todo ano era dada com o intuito de comemorar o início da temporada no campeonato Golden Ball, onde a gente literalmente competia por um troféu cujo formato era uma bola de basquete de our...

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Finalmente o aclamado sábado chegou, e com ele, a festa que todo ano era dada com o intuito de comemorar o início da temporada no campeonato Golden Ball, onde a gente literalmente competia por um troféu cujo formato era uma bola de basquete de ouro — falso. Bola essa que o capitão do time vencedor poderia levantar e levar para a universidade, onde era posta em um armário junto aos outros troféus que a Blackous ganhou ao decorrer dos anos. Tínhamos alguns armários postos nos corredores da instituição, esse era o preço por sermos a universidade com melhor índice esportivo da região.

Era o meu primeiro ano como capitão, e eu faria de tudo para estreá-lo erguendo um troféu tão digno quanto esse.

A festa já tinha se iniciado a algumas horas, já estávamos naquela parte onde a maioria está bêbada o suficiente para não equilibrar mais o tom da voz e nem os passos. Posso dizer que é categoricamente engraçado observar as pessoas fazendo coisas que literalmente só fariam bebadas. E é incrivelmente satisfatório fazer isso sem estar nem mesmo um terço tão bêbado quanto eles.

Noah, que estava em algum canto beijando uma garota que apareceu a alguns minutos atrás chamando por ele, voltou ao meu lado com os lábios inchados e rosto corado. Ele sorriu para mim e apontou para o lado de fora.

Nem quinze minutos depois, Hailey chamou todos os garotos do time, alguns do time de futebol americano que estavam espalhados pela festa, e as líderes de torcida. Nos sentamos em várias cadeiras de plástico que sempre ficava no canto do quintal, e colocamos uma mesa de ping pong no centro, com várias bebidas sobre a madeira azul.

Aquele movel de madeira velha tinha sido deixada por Enzo — dono da casa — quando ele decidiu alugar para nós.

Hailey disse que tinha uma ideia de jogo, insistiu para que eu e Noah participássemos

Em todas as festas, algum dos garotos ou uma das garotas dava alguma ideia de jogo, e na maioria das vezes eu conseguia escapar. Mas dessa vez Noah já estava meio bêbado e quase se ajoelhou para que eu aceitasse participar.

Como eu também já não estava muito sóbrio, aceitei.

As pessoas que não iriam participar do jogo ficaram ao nosso redor, apenas observando a merda rolar. Enquanto isso, outros permaneceram dentro da casa para dançar, beber e se pegar nas surdinas. Graças a deus eu tranquei meu quarto e coloquei a chave em meu bolso.

— Tá legal, como é o jogo? — Perguntou Iago, um dos garotos do time. Ele tem cabelos loiros escuros, olhos tão escuros quanto e seu corpo é alto. Iago colocou as mãos nos joelhos para encarar Hailey, e todos seguiram o mesmo movimento com a cabeça.

— Beleza, como todos viram, coloquei o nome de cada um aqui nesse aplicativo. — Ela mostrou o celular aberto em uma tela preta, com uma lista de nomes dentro de quadrados coloridos. — Ele vai rodar os nomes e escolher um para cada rodada. Em seguida, ele sorteia uma pergunta. A pergunta sempre vai ser assim: você prefere tal coisa, ou outra tal coisa. Essa pessoa sorteada terá que escolher. Algumas vezes vão ser desafios, e outras vão ser para apenas responder. Todos de acordo? — Ninguém saiu da roda e com isso ela deu continuidade. — Então ótimo.

RECOVERYWhere stories live. Discover now