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Pela quarta vez, li a mensagem printada na tela do meu celular e cheguei a conclusão de que estava na frente da sala certa

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Pela quarta vez, li a mensagem printada na tela do meu celular e cheguei a conclusão de que estava na frente da sala certa. Mesmo assim, o fato de tudo estar em silêncio parecia soar como um alarme na minha mente dizendo que eu estava no lugar errado.

Pelo o que eu tinha entendido do email, o Comitê de Esportes queria fazer uma propaganda do evento da universidade que teria na capa uma foto dos cinco primeiros lugares vencedores das oficinas. Era uma forma de mostrar o quanto estávamos empenhados para fazer as crianças felizes.

Obviamente, eles não estavam interessados na felicidades daquelas crianças pobres — como eles meio que chamaram nas surdinas da organização — e sim com a publicidade da Blackous, que não tinha nem mais para onde expandir. Ela era conhecida e disputada no mundo todo. Por aqui, você tinha das mais diversas culturas e nações misturadas em uma única sala de aula.

Hesitante, olhei uma última vez para o telefone, totalizando cinco vezes de mensagem lida, e girei a maçaneta.

Assim que o fiz, percebi que o silêncio era devido a falta de pessoas no lugar.

Entre os cinco primeiros lugares, aparentemente apenas eu e a primeira colocada tínhamos chego primeiro.

Sorri para o garoto com um crachá escrito estagiário que veio ao meu enlaço, me pedindo para que o acompanhasse. Fui com ele até um banquinho, onde ele pediu para que eu me sentasse ao lado da menina para esperar pelos outros.

Me sentei um pouco distante, não querendo chegar muito perto para não causar desconforto a nenhuma das duas.

Ela estava sorrindo para o telefone, digitando sem parar enquanto balançava a perna com uma frequência chata. A sola do seu sapato só podia ser de pedra, pois fazia um barulho muito chato contra a madeira polida em que estávamos pisando.

Respirando fundo, apoiei os cotovelos no joelho e olhei ao redor.

Ao lado da porta por onde entrei, tinha uma extensa mesa do que parecia ser para design, mais atrás tinha uma curta passarela e na ponta dela, um palco retangular que comportaria umas dez pessoas em pé uma ao lado da outra.

Aqui era o prédio onde ficavam as salas destinadas a artes, gastronomia e música. Eram quatro longos andares para comportar a sala dos professores no primeiro, banheiros e sala de reuniões com direito a um pequeno refeitório e uma grande sala para se sentar e bater um papo. O prédio onde eu ficava era praticamente igual, mudando apenas os cursos.

As pessoas que estavam ali — três fotógrafos acho, uma outra mulher que segurava uma prancheta, o diretor e mais uns quatro iguais ao estagiário que me entendeu — conversavam baixinho e riam de algumas coisas que eram ditas.

Na hora que eu me preparei para me levantar, querendo ir ao banheiro porque a leve ansiedade que estava me cobrindo quando sai de casa implorou para sair pela minha bexiga, Jasper abriu a porta e logo ao seu lado Brandon estava passando.

RECOVERYWhere stories live. Discover now