Capítulo 21

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Por Josh Beauchamp 

Any estava arrumando minha mala e conversando comigo, mas como estou tomando antibióticos fortes, acabei dormindo e a deixando conversar sozinha. Acordo com Carla trazendo meu almoço, já que estou tão morto que quis nem sair da cama, mas mesmo se eu tivesse forças para me levantar para almoçar com todos na sala de jantar, Carla não permitiria, já que deixou claro que me obrigaria a voltar para o quarto caso eu saísse daqui ainda com febre alta.

Ele me entrega a comida e sai do quarto, fico pensando se como ou não, acabo optando por não comer, já que não estava com fome e sim sono. Mas antes que eu volte a dormir vejo Any entrar no quarto, quando percebe o prato intocado, ela me olha com reprovação.

_Como você quer melhorar se não se alimenta? -ela diz autoritária, pega o prato e se senta do meu lado- Vamos, senta logo e é pra comer tudo.

_Nossa, está parecendo minha mãe. -ela sorri, mas seu sorriso morre quando digo baixinho- No tempo que ela ainda se importava comigo. -mas que porra, por que falei isso? Any me olha entre surpresa e preocupada comigo e não quero entrar nesse assunto.

_Eu nunca ouvi você falar sobre sua família. -nego.

_Um dia te conto o motivo. -me sento. Ela hesita diante ao que digo, mas por fim concorda.

_Tudo bem. -ela sorri receosa e começa a me dar comida na boca. Acho até engraçado isso, eu não estou tão ruim ao ponto de não conseguir comer sozinho, mas a deixo me alimentar, ela parece estar se divertindo com isso.

Vamos conversando sobre muitas coisas, ela é divertida e não me surpreende o fato que a todo momento descobrimos gostos em comum, como séries, livros e filmes.

_Vamos lá, o que é melhor: Game of Thrones ou The Walking Dead? -pergunto a ela.

_Depende do gosto específico da pessoa a quem faz essa pergunta, eu gosto bastante de TWD, mas prefiro mil vezes GOT, pelo simples fato que acho o roteiro bem mais preparado e sem nenhum clichê. O autor sempre nos pega de surpresa, não importa se seja protagonista ou antagonista, ele mata sem pensar duas vezes e amo ser surpreendida. -sua resposta é bem explicativa e concordo completamente com ela.

Também falamos de música e ela me faz rir com algumas de suas escolhas musicais bem infantis, por fim ela se deita ao meu lado e entra debaixo do edredom comigo, continuamos conversando por um longo tempo, até que mais uma vez volto a dormir.

Quando acordo, ainda a encontro ao meu lado e vejo que ela também pegou no sono, uma mecha do seu cabelo está em frente aos seus olhos e a tiro de lá, o movimento deve ter a despertado de algum jeito, já que ela logo abre os olhos e nossa, é um baque vê-la acordando. Ela é linda, seus olhos castanhos são incríveis, tão expressivos, eles sorriem antes mesmo de seus lábios fazerem isso.

Ela toca o meu rosto e sei que fez isso para medir minha febre, ela sorri quando percebe que a febre cedeu um pouco.

_Está bem melhor, acho que já podemos ir para casa. -concordo com ela.

Nos despedimos do chalé assim que descemos para encontrar os outros e seguimos para o carro, reparo que Any está incomodada com algo e olho bem para ela, que está encarando Dytto com um olhar de quem sente muita vontade de fazer algo ruim com ela e me pergunto o que será que possa ter acontecido.

_Tudo bem?

_Eu que deveria te perguntar isso, você está com uma cara de quem está quase no fim da linha. É só uma gripe Josh, você não vai morrer. -Any desdenha de mim. Posso fazer nada se fico bastante mal com um simples resfriado.

A IRMA DO MEU ᴍᴇʟʜᴏʀ ᴀᴍɪɢᴏ - ʙᴇᴀᴜᴀɴʏWhere stories live. Discover now