Capítulo 19

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 Sim, eu lembro, garoto

Porque depois que nos beijamos eu só conseguia pensar na sua boca. Sim, eu me lembro, garoto.. Do momento em que eu percebi que você era a pessoa com quem eu poderia passar o resto da minha vida -usher, alicia keys


Por Any Gabrielly

Eu nunca fui como as outras garotas, aquelas garotas que sempre diziam esperar pelo príncipe encantado, que se guardam para o seu amado. Não, nunca fui. Nunca me importei com isso, meu primeiro beijo foi com um garoto que era da minha turma de literatura, ele era bonitinho, mas nada surpreendente. Me lembro que ficamos atrás da escola num dia chuvoso, me lembro de não ter ido agasalhada e me lembro dele ter me dado seu casaco. Depois disso ele se tornou minha primeira paixãozinha da escola.

Há pesquisas que relatam que noventa por cento dos jovens dizem que seus primeiros beijos foram horríveis, tenho que dizer que fiz parte dos outros dez por cento, ainda bem... Meu primeiro beijo não foi nada horrível, confesso que foi estranho, claro que foi, primeira vez que tem duas línguas na sua boca é super estranho. Mas nada horrível, foi até bom. Depois disso fiquei com outros e tive uma boa cota de namoradinhos.

Naquele tempo eu beijava muitos, hoje não me orgulho disso. Mas em relação a primeira vez, sempre fui um pouco medrosa, deve ser por isso que um dos meus ex namorados da adolescência me traiu com a minha ex melhor amiga da época. Me guardei até a faculdade —sim, perdi minha virgindade com o idiota do Micon. 

Mas enfim, estou fugindo do assunto, o que quero dizer é que todos os beijos que já tive na vida, nenhum deles, nenhum deles mesmo, se compara a esse. Esse com toda a certeza será o melhor beijo da minha vida, o nosso beijo teve uma sintonia tão perfeita, como se não fosse o nosso primeiro beijo (juntos). 

O combinado era só um beijinho para Sina tirar a foto, mas acabamos nos beijando de verdade. Não foi um beijo de cinema, porque beijos de cinema na maioria das vezes são tão sem graça, sem sentimento, sem emoção, só encostar de lábios. O nosso não, o nosso foi um beijo real, um beijo com sentimento. Não sentimento de amor, mas sentimento de se sentir entregue.

O beijo dura por um tempinho consideravelmente longo, só o paramos porque precisávamos respirar. Encerramos o beijo, mas continuamos abraçados, minhas mãos em seu cabelo e suas mãos em volta da minha cintura. Nos olhamos por longos segundos, até que digo algo para quebrar um pouco o clima desconfortável que está começando a aparecer.

_Feliz Ano Novo! -ele sorri.

_Feliz Ano Novo Unicórnio. -sorrio pelo apelido.

_Olha, eu tenho que dizer, até que você não foi nada mal. -me abano fingindo estar com calor (e estou) e ele ri.

_Você também não foi nada mal. -ele sorri malicioso ainda me abraçando- Você subiu um pouquinho no meu conceito AnyElly. -sorrio divertida por isso. 

_Ainda vou arrancar essa sua língua, pra ver se você para de me chamar assim.

_Mas como você vai continuar me beijando assim? -ele ri.

_Cala a boca. -olho para Sina ao longe, que está neste momento entretida em beijar o meu irmão- Será que ela tirou a foto?

_Acho que sim. Agora vamos lá, desejar Feliz Ano Novo para eles e atrapalhar o casal. -ele entrelaça nossas mãos e o sigo para perto do meu irmão. 

A IRMA DO MEU ᴍᴇʟʜᴏʀ ᴀᴍɪɢᴏ - ʙᴇᴀᴜᴀɴʏOnde histórias criam vida. Descubra agora