| | Capítulo 2 | |

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Azrael Pov's

E eu achando, que as coisas não podiam ficar mais chatas e tediosas. Ranjo os dentes um no outro, sentindo a raiva subir até o topo da minha cabeça. Meu irmão deu sorte por não ter vindo hoje, sendo que eu não duvido, dele saber que isso iria acontecer.

Desgraçado sortudo!

Por algum motivo, tenho certeza que foi ele, avisou que eu voltaria hoje. Ele vai ver só, ele não me escapa.
Olho pra todos, e apenas sorrio fingindo surpresa e animação. Porém como não tenho paciência, minha atuação não dura muito tempo.

— Boa vinda, Azrael! — Diz a minha amiga, vindo me abraça.

— Que porra toda é essa Yasmin?! — Digo segurando seu ombro com certa força, lhe afastando. Enquanto eu encarava seus olhos verdes.

O clima logo ficou estranho, mas não me importei. Não sei que ânimo todo é esse, não pedi isso pra ninguém. Eles sabem que eu odeio festa, ou comemoração.
Yasmin se afasta e o irmão dela, o meu amigo Gabriel vem até mim. Ele repousa a mão no meu ombros, e me olha com um sorriso calmo no rosto.

Como eu detesto isso...

— O que houve mano? — Pergunta ele incrédulo.

— Quero que todo mundo saia daqui, agora! — Digo alto suficiente, para todos ouvirem. Eles sabem muito bem, o motivo deu ter ido embora. E ficam agindo, como se eu já tivesse esquecido. — Eu quero, ficar, sozinho!

Ele faz uma expressão tristonha, e logo desvia o olhar. Sem me importar, eu vou na direção da escada, e subo indo pro meu quarto. Quero tomar um banho e dormir até eu enjoar, não quero ninguém enchendo meu saco.

Entro, e encosto a porta atrás de mim. Retiro as coisas da mochila, e as coloco em seu devido lugar, e jogo a mochila vazia em qualquer canto.
Retiro o casaco e logo depois a camisa, bagunço o meu cabelo, e solto um suspiro pesado, me sentando na cama e olho ao redor.

Olho os meus desenhos na parede, o meu computador, meus filmes, e as fotos com a melhor companhia de todas. Sorrio de lado, porém meu sorriso se desfez, percebendo que tudo que eu já senti, não voltaria... Mas isso não importa, sentimentos são inúteis.

As coisas sempre foram cansativas e entediantes assim?

— Azrael? — Escuto uma voz feminina, olho para a frente e vejo Yasmin na porta, me encarando como sempre.

Com os seus cabelos dourados e olhos verdes, ela sorri e vem até mim calmamente. Por um instante, percebo ela morder os lábios inferiores. Acabo me me distraindo com isso por um segundo, e ela tenta se senta no meu colo. Mas me levanto rápido e a afasto.

— Que merda essa, que você pensa, que tá fazendo? — Falo irritando, lhe encarando.

— Você não lembra? — Ela abaixa o seu olhar triste, mas logo me olha novamente. — Antes de você ir embora, eu disse que te amava.

Ela diz enquanto chega perto, suas mãos me tocam, me fazendo ter uma agonia enorme, mas me afasto, antes que ela levasse esse toque adiante.

— E daí? — Pergunto incrédulo, enquanto arqueio a sobrancelha.

— Bem... — Ela coloca as mãos sobre minhas bochechas. — Eu pensei que, você e eu poderíamos, tentar. — Diz ela enrolando seus braços, ao redor do meu pescoço, tentando se aproximar mais.

Ela tenta me beijar, porém eu faço algo melhor do que empurrar.

— Yasmim. — Ela para, e abre os olhos, esperando eu falar. — Desde quando você se auto ilude, pensado que eu vou se apaixonar por você? — Sorrio de lado, me sentindo plenamente satisfeito.

Demônio não, sociopata. - {REVISANDO}Where stories live. Discover now