Demônio não, sociopata. - {REVISANDO}

| | Capítulo 1 | |

Azrael Pov's

A imagem perfeita. O céu em tons de rosa, laranja e azul. Como as pessoas são tão tapadas, para não parar por um segundo, e observar essa beleza natural? Acho que observar a paisagem, é a única coisa que me relaxa.

Respiro fundo...

Levo o cigarro até os lábios, inalando toda a fumaça, e depois a soltando sem pressa. Apenas vendo ela se dissipar no ar. Encaro a rua movimentada, vendo as pessoas seguir seus caminhos diários, com certa pressa. Seguindo para mais um dia, cheio de monotonia.

Chato.

— Ei, Azrael! — Viro meu rosto, e vejo de canto minha replica perfeita, com seu sorriso zombeteiro na boca.

O normal de sempre.

— Oi? — Digo neutro, voltando a encarar a paisagem. Sem ânimo para a suas piadas do dia.

Ele chega perto e se senta ao meu lado. Apenas lhe encaro, vendo ele se esticar, se despreguiçando. As suas olheiras estavam bem visível e sua boca como quase sempre, com cheiro de álcool.
O mesmo me olha de lado e sorri com cara de confuso.

— Você vai voltar hoje? — Pergunta ele, desviando o olhar, enquanto fecha o zíper do seu casaco.

— Humrum. — Murmuro sério, jogando a bituca do cigarro no lixo. Logo voltando a encara-lo. — Por que?

— Por nada. Só queria te avisar, que vou ficar mais uns dias aqui. — Explica ele, enquanto ajeitava os seus fios castanhos andulados. Que viviam sempre bagunçados. — Tudo bem pra você?

— Claro. — Dou de ombros, e logo volto a falar. — O que você tá querendo fazer, em Asael — Questiono e sorrio de lado, já sabendo que não era coisa boa.

— Nada de mais. — Responde, e sorri cinicamente, enquanto me encara.

É, somos uma réplica perfeita um do outro. Tanto no jeito de pensar, quanto no jeito de agir. Isso já nos ajudou a sair de várias encrencas, que nós mesmos criamos. O que é divertido.

— Asael, meu amorzinho! — Diz uma garota loira, indo na direção dele. — Você vai ficar, né? — Diz ela se sentando em seu colo, e colando os seios no braço dele.

Que garota irritante, e grudenta.

Reviro os olhos e me levanto, saindo dali.

— Tô indo! — Digo acenando, sem olhar para trás. Me direcionado até a saída.

— Ok.

Fecho a porta atrás de mim, e sigo o corredor até a escada. Desço até o décimo andar, onde eu e meu irmão estamos hospedados, entro, e vou até o meu quarto. Onde eu já havia preparado minha mochila.

Dou uma última checada, pra vê se não esqueci nada. E logo pego a mesma que estava ao lado da cama, e saio dali. Antes de sair do apartamento, vou na cozinha, e pego um pacote de salgadinho, que tinha no armário. E assim, saio.

Cansei de ficar aqui em São Paulo, então decidi voltar pra a minha cidade. Já me divertir o suficiente.

Fecho a porta do apartamento e vou até o elevador. Sem perceber, a vizinha retardada piranha, vem correndo na minha direção, assim que me vê.