Suddenly in Love ♡ Adrienette

Capítulo 98

— Eu sei que você está cansada... É só para dar um "alô" rápido, depois vamos para casa.

Eu não me importava com meu cansaço. No momento em que o carro parou à frente da porta de entrada, me senti incrivelmente animada com a ideia de rever Emilie e Gabriel e de contar a eles que estávamos nos mudando para perto. Por isso, antes que Adrien pudesse fazer alguma coisa, abri a porta e saí, agradecendo ao motorista de qualquer jeito com muito entusiasmo.

Caminhei devagar até subir os poucos degraus da entrada e parei, esperando. Estava tão excitada que sentia uma estranha vontade de pular. Olhei para trás impaciente, observando Adrien pagar o taxista e caminhar a passos lentos até mim.

— Anda logo, gatinho! Abre!

— Pensei que estivesse com sono, princesa. — Ele falou, de bom humor, enquanto procurava as chaves no bolso.

— Durmo depois.

Após o que pareceram semanas, Adrien encontrou a chave certa no molho e girou a maçaneta. Ele parecia calmo e até um pouco divertido com a minha agitação. Tive vontade de apertá-lo.

— Vai! Você na frente! — Falei, já o empurrando para dentro do hall de entrada.

— O que te faz pensar que eles querem me ver primeiro, princesa?

Encarei-o com um olhar de desprezo, mas resolvi ignorá-lo, empurrando-o outra vez. Queria que Emilie o visse logo. Por algum motivo, eu me sentia estranhamente bem em vê-la feliz estando perto de Adrien.

— Visitas! — Ele berrou de repente, me assustando. Parei de empurrá-lo e esperei ao seu lado, me perguntando se era possível alguém não ter ouvido sua voz e a reconhecido.

Segundos depois, como se tivessem ensaiado, Emilie e Gabriel saíram, respectivamente, da sala de estar e do escritório, colocando suas cabeças para fora do vestíbulo e tornando aquela cena estranhamente engraçada.

— Ora, ora!

— Vocês chegaram!

Ambos tinham um sorriso esplêndido no rosto e senti uma súbita vontade de abraçá-los. Mas me contive. Foi quando eles passaram por Adrien e vieram me cumprimentar que fui pega de surpresa.

— Ah, olhe a sua barriga!

— Está quase do mesmo tamanho que a da Chloé!

— Você está linda!

Olhei para Adrien, ainda um pouco aturdida.

— Eu sou invisível. — Ele pontuou, sorrindo tranquilamente.

Ok. Talvez sua pergunta não tivesse sido assim tão idiota.

— Está se sentindo bem? Quer sentar? — Emilie continuou a falar comigo, como se o filho realmente não existisse. Comecei a achar graça daquilo.

— Estou bem, obrigada.

— Ah, fiquei tão feliz em saber que é menina! — Ela continuou, e só então me dei conta de que não conversamos mais a respeito depois do chá. — Era mesmo o que vocês queriam?

— Era o que EU queria. — Ele falou um pouco mais alto, chamando a atenção dos pais para si.

— Filho, nem falei com você! — Emilie disse inocentemente.

— Eu percebi. — Ele riu, abrindo os braços e a envolvendo de tal forma que fez com que quase desaparecesse em seu peito.

— Estou tão feliz de tê-los aqui outra vez. Gostaria tanto que viessem mais vezes...