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A mão de Brandon tocou a minha por cima da minha perna e deu um aperto de leve. Eu encarava a paisagem através da janela fechada, as árvores passando rapidamente, as pessoas que pareciam correr, a estrada que parecia infinita.
O ar-condicionado fazia a minha pele ficar gelada e me arrepiar, fechei os olhos e apoiei a minha a cabeça no vidro de janela que também estava gelada.

~♡~

Honey? - a voz de Bradon preencheu os meus ouvidos e eu abri os olhos para o encarar depois de um bocejo.

— Espera, espera... Eu conheço esse cheiro. - sorri de imediato e dei um pulo no banco para encarar a sacola de papel castanho em suas mãos. O cheiro da tarte de morangos do Kavelsky's preencheu o meu nariz e eu instantaneamente coloquei uma mão por cima da barriga.

— Tartes de morango? Sim. - disse e piscou para mim.

— Eu poderia te abraçar, agora. - sorri largamente e ele abriu os braços, esperando eu o abraçar. — Mas tenho coisas melhores para fazer. - puxei o sacola do seu colo e abri rapidamente, pegando uma dar tartes e dando uma grande mordida na mesma.

— Essa machucou profundamente. - ele disse fazendo uma cara de quem está triste.
Eu dei outra mordida na tarte e o encarei.

— De nada. - sorri e continuei a devorar as tartes.

— Deixe pelo menos duas para mim, sua gulosa comilona devoradora de tartes! - resmungou, tentando pegar uma e eu bati na sua mão, empurrando a mesma.

— Você - apontei para o mesmo. — comprou para mim! - apontei para mim e peguei a última tarte, dando uma mordida generosa.

— Mas Honey...

Mas nada. E obrigada, porque eu sei agradecer. Mas infelizmente eram para mim. - sorri para ele e passeie o último pedaço para a boca dele. — Fique feliz porque eu sou uma boa pessoa. - ele sorriu e abriu a boca para comer o pedaço, mas eu desviei e direcionei o mesmo para a minha boca, mastigando bem e lambendo os dedos.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas fechou a mesma, se calando e mantendo a atenção na estrada.

Minutos, quase uma hora, se passaram e ele não abriu a boca para dizer uma coisa sequer. Não sorriu, não me encarou, não me dirigiu a palavra. Ele estava me ignorando.

— Brandoooon! Brandonzinho! Brandon!! Brandinhooo! Loirinho, loirão! Deus Grego da Melissa! Chucky the Killer! Ken Falsificado! Garotinho do Avião!!! Meu namorado! Príncipe da minha princesa! Kirito da minha Asuna? - provoquei, cutuquei e ele sorriu de lado, mas o sorriso desapareceu rapidamente.

— Não vai falar comigo? Quer aquela tarte? - perguntei e ele não me respondeu. — Se quiser eu posso retirar da minha barriga para te dar, mas não garanto nada de bom. - cutuquei seu braço e dei um beijo na sua bochecha.
Ele riu levemente, mas não me encarou.

— Estou conduzindo, Melissa. - disse e eu dei um soco no seu braço.

— Não me chame de Melissa, seu idiota desnutrido! - berrei e cruzei os braços. Ele riu.

— Mas é o seu nome, sua doida. - ele disse e eu o encarei.

— Não! Meu nome é Honey. Você tem que me chamar de Honey, porque quando você não me chama de Honey é porque está zangado ou algo do gênero e eu não quero você zangado, eu é que fico zangada, isso não combina com você, eu sou a Honey, a sua Honey! - disse encarando nos seus olhos e ele abriu um sorrio tão fofo e feliz que eu sorri também.

— Minha Honey? - perguntou e eu assenti.

— Eu não vou repetir! - disse e ele riu, fazendo carinho na minha bochecha com o seu polegar.

Apenas Outra Garota | Reescrevendo |Onde as histórias ganham vida. Descobre agora