Melissa Stuart
— Brandon não exagere, você sabe que eu acabo com ela em um piscar de olhos! - Bella diz cruzando os braços e eu sinto a raiva tomar o lugar do sangue e percorrer minhas veias. Eu estava pronta para descolar como uma abelha gigante e picar a garota até não aguentar mais, mas um braço colocou-se a minha frente impedindo a minha passagem.
— Tem certeza Frangaranha? - cruzo os meus braços e paro do mesmo jeito que ela.
— Do que você me chamou sua Selvagem? - do nada o rosto de Bella começa a ficar mais vermelho que um dedo infectado e inchado.
— Ficou surda? Eu te chamei de Frangaranha sua Franguinha! Olhando pra você tenho a máxima certeza que nem uma pena você levanta! - encaro a garota alguns degraus abaixo de mim e rio do seu rostinho vermelho.
— Retire o que disse! - ela grita e bate com o pé no chão.
— Não obrigada.
— Eu estou mandando!
— Aranhas não mandam Bella e muito menos falam.
As duas ficamos em silêncio. Seu olhar parecia tentar perfurar meu interior, e não duvidava de que o meu estivesse diferente, mas ao olhar para aquela baratinha, meu sangue fervia.
— Eu vou buscar algumas pipocas. - ouço uma voz a minha trás sussurrar e e viro lentamente para encarar Brandon começando a correr para a cozinha.
— Fique quieto.
— Mas eu estou com fome garota!
— E eu não te perguntei garoto.
Ele resmunga algo a que eu não presto atenção e se senta emburrado. No minuto seguinte Brandon me encara e automaticamente abre um sorriso estranho, mas lindo, seus dentes eram perfeitos e seus olhos azuis penetrantes pareciam conseguir enxergar meu interior. Meu corpo se arrepiou, um arrepio estranho, mas não ruim...
— O que foi Selvagem? Sua língua caiu? - Bella pergunta com deboche e eu me forço a encara-la.
— Nunca disseram que sua boca é maior que sua cara? - grito e dou um passo descendo um dos degraus fazendo a mesma recuar.
— O que foi? Está com medinho... Bella? - minha voz saiu mais fria e rouca que o normal. Enquanto eu descia os degraus, Bella recuava até que bateu contra a bancada do Bar.
— Eu... Eu não tenho medo de você sua insolente. - ela gagueja mas longo recompõe-se me fazendo querer rir.
Em um movimento rápido, salto o último degrau e corro na sua direção, parando bem na sua frente. A mesma arregala seus olhos azulados e os cabelos loiros ficam em pé, sua boca se abre, mas nada sai, vejo o corpo da garota se arrepiar e sorrio diabolicamente.— Pois deveria ter Isabella! - digo e bato conta seu ombro retomando meu caminho para a saída daquela casa.
Saio pela porta aberta e sinto o vento beijar cada parte da minha pele exposta. Encaro a lua cheia que parece ser a única luz que ilumina essa noite tensa. Caminho em direção ao passeio e paro sentando-me no mesmo. As folhas das árvores dançavam enquanto o vento soprava e o barulho da música alta ainda preenchia os meus ouvidos, as luzes coloridas refletiam contra as partes dos carros e o cheiro intenso e penetrante de perfume masculino entra em meu sistema respiratório... Espera... O quê?
Rapidamente viro meu rosto para trás dando de cara com um par de olhos azuis intensos a encarar a cor esverdeada dos meus. Seu hálito a menta invadia minhas narinas e automaticamente, um suspiro escapa de meus lábios.
— Melissa? - sua voz era grave e rouca, mas ao mesmo tempo, suave e carinhosa. Mas o que diabos eu estava pensando? Porque é que eu reparava em cada detalhe dele? Sem ao menos me esforçar... Isso só acontece quando eu admiro os personagens lindos dos filmes de ação e terros!
— Chucky The Killer? - digo cruzando os braços e voltando a colocar a minha máscara por cima do meu verdadeiro eu.
Ele solta uma risada linda de se ouvir e que tortura os limites da minha audição.— Sério que vai me apelidar com isso? - ele pergunta com a voz rouca.
— Isso o quê?
— "Chucky The Killer"? - ele franze a testa criando uma expressão fofa.
— Para a sua informação, você deveria se sentir lisonjeado por eu lhe dar um apelido tão magnífico como esse. - digo e passo o peso para o meu pé direito.
— Sério? Não sabia. - diz rindo e eu reviro os olhos.
— Agora já sabe. - digo e vejo as luzes dos faróis de algum carro. Rapidamente me viro e vejo um carro estacionar. Encaro Brandon a minha frente e sorrio travessa, ele arregala os olhos, mas antes que o mesmo tivesse tempo de raciocinar, eu desato a correr na direção do carro.
— Melissa volta aqui! - a voz dele preenchia meus ouvidos me fazendo gargalhar.
— Adeus Brandon! - gargalho antes de abrir a porta do carro e adentrar no mesmo. - Acelera! - grito e o garoto de olhos negros que se encontrava dentro do carro me olha com a testa franzida - Acelera essa coisa rápido! - grito mais alto fazendo o mesmo rir .
— Oliver? É o carro do Oliver? Melissa sai de... - antes de Brandon pudesse terminar a dua frase, o barulho do pneus contra a estrada preencheu o local, tal como o freio do carro. Só nesse momento me apercebi que eu estava em um carro de corridas...
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Apenas Outra Garota | Reescrevendo |
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