Você?

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                                                                                        * Chloe *

Apesar de ter um pouco de claustrofobia, passei pela entrada estreita com agilidade e cheguei a uma câmara que curiosamente tinha um buraco no chão e algo que me fez ter um tremelique raivoso. Vocês devem estar pensando: E o que foi, hem?

Resposta: Ele, Nightmare. Piscando, chiando e tremulando como a imagem de uma TV antiga. E a minha reação? A de qualquer outro que se encontrasse com o inimigo mortal: Dar um soco nele. Fiquei levemente surpresa ao ver que a minha mão atravessou seu rosto, inofensiva.

- Sabia- Chiei com certeza- Que não ia ter coragem de mostrar esse focinho covarde aqui depois do que fez- Virei meu rosto para entrada e gritei- Pessoal! Nightmare está aqui! Que tal acabarmos com...
Não veio ninguém.

- Olha só quem está sem os amiguinhos- Falou o gato com uma expressão divertida- É curioso o que um pouco de sangue e habilidades podem fazer- Ele começou a avaliar as garras- Me comportaria se eu fosse você, afinal eles só não podem te ouvir...Posso fazer pior...Lembra de seu pai?

- Lembro, gato escaldado- Tentei fazer um tom atrevido, mas fiquei mergulhada em maus sentimentos. Tentei fechar os olhos e vi flashes passarem em minha cabeça: Sangue, soldados arrombando uma porta, gritos de inocentes, bilhetes maldosos, feridas...- O que você quer?

- Você sabe...Eu poderia libertar o monstro poderoso que há dentro de você- Ele se aproximou de meu rosto, como se me avaliasse- E usá-lo para o impossível

-Eu, hem- Peguei meu cajado e coloquei entre nos dois para me sentir mais segura- Monstro, eu? Tô fora- fui em direção à saída, mas ela tinha sido bloqueada.

-Quando você vai aprender que é apenas um quarto do que diz ser?- Continuou o Nightmare- Um quarto de sua mãe, um quarto de seu pai, um do que eu digo que você é...

- Outro do que eu digo que sou. Uma plantinha (continuei essa parte para mim mesma).Mas eu não concordaria com você, dizem que puxei muito minha mãe.- Falei, doida para tirá-lo do sério- E antes que você pense em alguma traquinagem...Não, nunca, neca, nem em um milhão de anos, só no dia 30 de fevereiro, no dia da santa Chloe, quando porcos voarem.

- Talvez eu a faça mudar de ideia...Com um pequeno passeio- Nessa hora, sua imagem tremulou ainda mais, me confundindo. Acabei caindo da borda e me segurando com esforço na pedra lisa que IMPEDIA CRESCIMENTO DE PLANTAS, só pra constatar. Meus pensamentos se desesperaram para o clicker, mas encontrei o bolso vazio.

-Procurando isso?- O gato estendeu o clicker- Agradeça seu sangue curativo pela confusão que tanto auxiliou essa mão leve.

-Então, vai me matar? Estranho...Diz que precisa de mim e faz essa decisão. No mínimo, louco. Mas não te julgo. Prefiro isso a ser seu objeto de discórdia

- Olhe para baixo- Vencendo a vertigem, vi um gato com asas de pássaro, um morcego e um pássaro rodeando o local; engoli em seco quando ele continuou- Uma pessoa como eu não pede oportunidades, talvez o voo esfrie essa sua cabeça nervosa.

Finalmente, eu cai, gritando mais que crianças na montanha russa. Até que senti uma mão enluvada como a minha segurar meu antebraço.

-Bom, é melhor eu dizer pro Tails para não voarmos na temporada de coelhos.

Abri os olhos que tinha mantido fechados pelo medo pela segurança do tom atrevido que eu reconheci

-Sonic! Obrigada mesmo...

- Sem problemas. O que acha de irmos embora agora enquanto você explica tudo

- Claro! Eu nunca mais quero passar por esse templo

uma nova aventura ... estilo shadamyWhere stories live. Discover now