Untitled Part 56

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                                                                                  * Narradora*

Ela estava lá, sozinha, tentando se recuperar não só do impacto físico, mas do mental também. Jogada nas garras do inimigo por alguém que ela pensava que fosse seu amigo. Mas de repente, a coelha ouve um baque vindo do corredor. Levantou-se com algum esforço e tentou se manter alerta...O som de passos se aproxima e para ao chegar nas grades de sua cela.

-Sentiu saudades?-Uma voz conhecida disse

-Orfeu-A coelha aprisionada falou de uma forma venenosa-O que te traz aqui...Ah, espera, talvez pra FAZER PIADA DA SITUAÇÃO RIDÍCULA EM QUE VOCÊ ME COLOCOU.

-Ui, calma-Ele estendeu um molho de chaves-Apenas achei que você gostaria de dar um passeio. Dizem que a fortaleza é linda nessa época do ano.

-Bom obrigada-Ela falou ao Orfeu tirar suas correntes-Mas pode me explicar a bipolaridade dessa situação?

-Nah, sem tempo-Ele olhou pra coelha que andava devagar-Precisa de ajuda?-Ele colocou uma das mãos dela em seu ombro-Sei que não está no seu melhor estado.

-Eu sei, mas fico feliz em saber que quem me meteu nessa confusão veio pelo menos me tirar, no mínimo.

-Me lembra de anotar que você fica completamente irritada nessas situações-Ele falou em um tom falsamente incomodado.

-Talvez-ela riu e começaram novamente a escapatória.

                                                                        *Quebra de tempo, Chloe *

-Fico feliz em saber que você me perdoa-Orfeu falou

-Ah, deixa disso-Ajeitei um espinho dele-Amigos servem pra ser perdoados se se arrependerem e ajudarem a acabar com o problema que criaram.

-Você é a melhor amiga que um garoto como eu poderia ter- Ele bagunçou meu cabelo, me fazendo rir-Também peguei aquele pergaminho esquisito, caso você queira dar uma olhada.

-Legal!-Peguei o material e analisei-Bom...Acho que é uma mistura de coelhim com língua de feitiços, com algumas expressões quase em desuso.

-O que? Muito difícil?

-Se muito difícil quer dizer "traduzo em 20 minutos" então sim.

Mas eu posso ter acabado tropeçando em alguma coisa, Orfeu tentou me segurar, caiu em cima de mim e O PIOR aconteceu: Ele caiu em cima de mim e acabamos nos beijando.

-Ecaaa-Me levantei na hora e comecei a cuspir-Vou ter que lavar minha boca, escovar os dentes e tentar apagar essa lembrança do meu cérebro!

-Ah, vai me dizer que você não gostou...Eu no mínimo adorei-Ele deu um sorrisinho provocador, que eu retribuí gentilmente com um soco no braço.

-E chegamos-Ele indicou um jardim com um extenso corredor-A saída é por ali. Se sente melhor?

-Melhor impossível

-Ótimo-ele agarrou o meu pescoço-Gosto de enfrentar adversários à minha altura.

-Então chame um papagaio para lutar com você, ele é beeem à sua altura-Engasguei-E pra que foi tudo isso? Você não trabalha pro Nightmare?

-Nightmare-Ele cuspiu o nome- Só um idiota que quer dominar o mundo pra provar a todos que é o maioral. Não estou aqui para te capturar, não estou aqui para te usar...Estou aqui para te matar.-Ele apertou meu pescoço mais forte e me deu um soco.

-Mas...Nós somos amigos-Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto-Você não disse?

-Não somos amigos-Ele murmurou

-Mas, depois de tudo...

-Você é surda?-Ele gritou em meu ouvido- Nós não somos amigos!

Eu tinha que sair daqui, agora. Vamos ver se ele consegue lidar com a melhor atriz de Central island.

Fingi que estava me engasgando e me debatendo até um ponto me que relaxei, fechei os olhos e prendi a respiração. Quando senti o aperto relaxar, chutei o ouriço e corri. Quando ele me achou, a luta corpo-a-corpo foi mais vantajosa para mim, especialmente pois estavamos em um jardim. A luta nos levou a um mini bosque, onde aproveitando meu pacto com a vida selvagem o derrotei e o prendi com vinhas. Certo, hora de ir embora.

Mas algo no chão me chamou a atenção: A mochila dele, com um papel escapando pela abertura. Quando olhei mais de perto, era um auto retrato meu que fiz com lápis...Mas eu não tinha desenhado milhares de corações ao redor do meu rosto, nem me lembrava de ter dado-o para Orfeu. Só por curiosidade, vasculhei o resto enquanto andava: Um de meus perfumes, pulseiras, fotos minhas e...Meu casaco, que emprestei para ele em um dia chuvoso. Ele continuava o mesmo, com exceção das manchas de sangue avermelhado nele (bem cuidado para o casaco que um assassino guarda que foi emprestado pelo seu alvo).

Tropecei em uma coisa...Um túmulo? Olhei o nome do pobre coitado: Orfeu the dark...Pera aí, O QUÊ?

Segundo a lápide, ele morreu quando tinha a minha idade...Há 40 anos atrás. Ao notar a presença do próprio, tentei fugir, mas fui nocauteada.

-Vejo que meu segredo agora não é tão secreto assim-Ele bateu fortemente minha cabeça contra a lápide, me fazendo gritar-Boa noite, coelha-Ele me deixou, e seus olhos foram a última coisa que vi antes de apagar completamente.

uma nova aventura ... estilo shadamyWhere stories live. Discover now