Se Não Tentar Nunca Vai Conseguir

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Regina ON 

Meu coração se apertou, faz tempo que não sentia essa sensação de impotência em minha vida.

Minha filha acha que eu não a amo.

É até irónico eu querer falar que a amo depois de toda a ausência que eu proporcionei em sua vida. Ela na verdade é o centro do meu universo, o único que restou do amor da minha vida que morreu por minha culpa. Ela acha que eu não a amo, mas Lena foi a única coisa que me fez seguir em frente e não desmoronar depois da morte da minha mulher.

Depois que ela nasceu e eu a segurei em meus braços eu senti como se uma bolha cor de rosa se formasse entre eu e ela. Tão pequena e frágil, suas mãozinhas se mexiam vagarosamente enquanto me olhava com aqueles olhos verdes brilhantes.

Eu realmente não sei em que momento eu comecei a me afastar da minha filha, ou até mesmo quando eu comecei a construir esse muro tão alto. Acho que foi a tristeza, a solidão e principalmente a culpa pelo o que aconteceu.

Eu giro a maçaneta devagar cuidando para que a porta não fizesse nem um ruído. Assim que entrei, vejo Lena, Kara e Emma abraçadas e dormindo serenas.

Emma abraçava as duas de uma forma protetora, como se a qualquer momento algo fosse acontecer. Era lindo a forma que ela tratava as meninas, mesmo Lena não sendo sua filha de sangue e a conhecendo por poucos dias, era visível que ela tratava minha filha da mesma forma que tratava Kara. A forma como Lena também se apegou a ela era surpreendente, acho que nem a mim ela era tão apegada.

Ando até a cama e me agacho e com cuidado acaricio as costas de Lena e também verifico se Kara estava com alguma dificuldade para respirar, mas ela estava bem. Olho para Emma dormindo tão serena e meu olhar se prende aquela imagem, como se eu quisesse fazer uma fotografia com os olhos e guardar em minha memoria.

Regina: Emma... Emma, acorde.- Falo baixo para não acordar as meninas.

Emma: Re-Regina?- Ela fala sonolenta e abrindo os olhos lentamente.- Aconteceu alguma coisa?

Regina: Não aconteceu nada de urgente, só vim ver se vocês estavam bem e chamar você para dormir no quarto. Essa cama é muito pequena para você e as duas.- Aponto para as meninas dormindo em seus braços.

Emma: Dormir? No seu quarto?- Percebo um certo desespero em seu olhar e em sua voz.

Regina: Só até o quarto de hospedes ficar pronto já que estava sendo usado como deposito de moveis velhos.- Me levanto arrumando meu terno.- Eu durmo no escritório essa noite.- Saio apressada e quando chego nas escadas sinto meu braço ser segurado o que faz com que na hora em que eu me vire fique praticamente colada ao corpo de Emma.

Emma: Você n-não precisa dormir no escritório, a-afinal o quarto é s-seu.- Nossas respirações estavam ofegantes e nossas bocas muito próximas. Vejo seu olhar intercalar entre meus olhos e minha boca e eu fazia o mesmo. Com o resquício de sanidade que ainda me restava eu pensava se realmente queria fazer aquilo que minha mente estava comandando para eu fazer. 

Em que momento essa mulher desconstruiu minha armadura e conseguiu entrar no meu coração? Quando foi que eu comecei a sentir alguma coisa além de culpa e frieza?

Eu realmente queria saber qual era o sabor daquela boca e a sensação de ter alguém em meus braços novamente e a vontade de te-la realmente estava me deixando muito excitada.

Bom Regina, se você nunca tentar, não vai conseguir saber qual é o sabor dessa boca que tanto deseja. 

E com esse pensamento, puxo Emma pela cintura e lhe dou um selinho demorado que vai se transformando em um beijo quente e desesperado. Nossas línguas dançavam em perfeita sincronia e eu sinto que ela queria muito mais do que aquilo que estávamos fazendo. Mas por algum motivo ela se afasta respirando ofegante.

Emma: Eu... eu não q-quero que isso aconteça assim.- Ela se vira de costas para mim.

Regina: Calma.- Abraço ela por trás deixando um pequeno beijo em seu ombro fazendo com que ela se arrepiasse.- Eu sei que isso foi inesperado e completamente do nada, mas podemos ir com calma. Se você quiser.- Ela sai de meu abraço e se vira para mim.

Emma: Eu preciso pensar... minha cabeça está um turbilhão e isso terminou de pifar o sistema do meu cérebro.- Dou um leve sorriso com a comparação, realmente essa mulher tinha um ótimo senso de humor.

Regina: Quando estiver pronta sabe onde me procurar.- Desço as escadas indo em direção ao meu escritório. Quando fecho a porta me encostando nela e toco meus lábios com as mãos.

Realmente Miss Swan você tem um beijo muito bom.

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Primeiro beijo, primeiro beijo. Ai que eu quero ver essa continuação desse momento mio quente. QUEM SABE eu não faça um hot... não sei, acho que vou deixar para depois hehehehehe.

Parece que alguém vai amar a Emma não é meismo? E parece que alguém vai amar a Regina.

Beijos, e ate o próximo cap.


Quatro Corações Um Grande AmorWhere stories live. Discover now