Capítulo 22

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Capítulo 22

Eduardo

Depois de passar a tarde analisando o Balanço Patrimonial da tal empresa, confesso que fiquei impressionado. A presidente da empresa, Bárbara Monteiro é genial, pois conseguiu fazer que a empresa crescesse em curto espaço de tempo. Confesso que esse nome não me traz lembranças muito boas, mas é inegável que a mulher é um gênio. Depois de pensar bem sobre a ideia dos diretores, chego a conclusão que será ótimo realizar essa fusão. O próximo passo é entrar em contato e marcar uma reunião com a presidente da empresa. Vou deixar Pedro marcar tudo para irmos juntos.

Depois que termino meu dia de trabalho resolvo ir visitar meus pais, já que tem duas semanas que não os vejo. Depois que assumi a presidência decidi comprar um apartamento pra mim. Sou homem e já estava na hora de ter meu próprio canto! É claro que minha mãe detestou a ideia, mas no final aceitou. Já meu pai disse que entendia meu lado, mas que se quisesse voltar, as portas estariam abertas. Depois que saí da minha sala, fui até a sala do Pedro e o convidei para jantar comigo na casa dos meus pais, já que ele ia ficar sozinho o resto da noite. Ele aceitou na hora e disse que podia ir na frente que ia só resolver alguns assuntos.

Fui ao estacionamento pegar meu carro e já dirigia em direção a casa dos meus pais. Eles moram em um bairro rico, Morumbi. Moravam em uma mansão com piscina e um jardim grandioso. Confesso que sempre achei exagero, mas minha mãe amava aquele lugar pelo significado que tinha pra ela. Ao chegar no grande portão de ferro, peço liberação para minha entrada. Enquanto entro no jardim, cumprimento João. Ele é jardineiro e trabalha há anos para nossa família.

— Oi João...Como vai?

— Vou bem sinhô...e por que o sumiço?

— Muito trabalho João...mas nada de sinhô hein! Você é como um segundo pai pra mim...

Digo o abraçando.

— Ai que isso rapaz..fico muito agradicido por isso...

Responde sorrindo e retribuindo o abraço.

— Mas e os meus pais?

— Estão a esperando o sinhô chegar pra comer o rango.

Não adianta pedir pra me não me chamar de sinhô, pois João é muito teimoso.

— Está bem...Quer jantar conosco?

— Não sinhô..não quero incomodar. E seus pais estão com saudades, vão querer o sinhô só pra eles.

— Você que sabe João...eu não me importo que venha.

— Deixa pra próxima.

— Está bem meu caro, até mais.

Digo saindo e sorrindo. Esse homem é muito simples, mas tem um coração e uma garra de ouro. Nunca o vi triste ou reclamando da vida. Admiro muito esse jeito. Quando entro em casa, minha mãe vem de braços aberto rindo e chorando ao mesmo tempo.

— Oii meu filho..quanta saudade!

Dizia minha mãe com olhos lacrimejados. Apesar de sua aparência de mulher durona, é uma manteiga derretida. Confesso que a amo muito assim como meu pai. Ela é uma mulher incrível e linda. Apesar ter seus 57 anos, ela não parece ter idade que tem.

— Oi dona Alice..também estou com saudades. E vamos parar de choro! Não vim aqui pra fazer ninguém chorar...

Falo sorrindo.

— To emocionada meu filho...Você me abandonou.

Diz meio chateada.

— Me desculpe mãe. É por causa do trabalho, mas prometo vir te visitar mais.

Meu para sempre é você - ATUALIZAÇÕES INTERROMPIDAS TEMPORARIAMENTEWhere stories live. Discover now