Bárbara
Estou aqui deitada enquanto Eduardo vai atender alguém na porta. Justo agora? Ouço vozes animadas, e parece ser feminina. Quem será? Decido colocar o vestido rapidamente e vou ao banheiro ver se meu rosto está apresentável. Minha bochecha está corada e meus olhos estão brilhando. Passo uma água no rosto e arrumo o cabelo que estava meio bagunçado. Escuto Eduardo conversar com um homem? Quem será? Devo sair ou ficar aqui? Por que não me chamou?
Desisto de esperar e saio do quarto indo em direção as vozes que parece estar vindo da sala. Ando tranquilamente e me assusto com o casal sorridente sentado no pequeno sofá e conversando animadamente. A mulher é muito elegante e bonita, assim como o homem. Ela traja um vestido branco com saltos pretos e médios e o homem com uma calça social e blusa azul com um blazer por cima.
Eles me encaram quando chego à sala e Eduardo arregala os olhos enquanto sua mãe me fita de maneira curiosa. Será que ele pretendia não me apresentar a eles? E quem são?
— Oi... Quem é a bela moça filho?
Pergunta a tal mulher enquanto Eduardo se levanta ao meu lado e diz:
— Essa é Bárbara, mãe... Uma amiga de infância e minha sócia.
— Prazer querida, sou Alice, mãe de Eduardo.
— O prazer é todo meu.
Digo estendendo a mão e ela aperta calorosamente. O homem que até então estava calado, se levanta e diz:
— Sou Ricardo, pai do garanhão aí.
Os dois são muito simpáticos, e vejo que me olham de maneira bem estranha como se fosse algum objeto ou animal exótico. Eduardo está um pouco nervoso e até mesmo tenso. Sua mãe esbanja um sorriso simpático e eu fico meio sem graça e sem saber o que dizer.
—Como se conheceram?
Pergunta olhando pra mim e eu encaro Eduardo esperando algum sinal, mas ele fica sem reação, até que resolve dizer:
—Nós moramos juntos no orfanato mãe. Meses antes de vocês me adotarem, Bárbara também tinha sido.
—Nossa... Então eram amigos de longa data?
Quem pergunta agora é seu Ricardo. Não sei por que não consigo falar sobre isso... Acho que é porque estamos tão bem, que relembrar do passado me causa anseio.
— Sim... Nós aprontamos muito no orfanato...
Resolvo dizer tentando mudar o foco da conversa para não entrar em campo minado. Eduardo sorri fracamente um pouco constrangido e seus pais parecem estar interessados demais em mim.
— Nossa... Está aí uma coisa que não sabia! Eduardo aprontava? Quando o adotei e ele foi morar conosco, sempre demonstrou maturidade e parecia uma mente adulta no corpo de um jovem rapaz franzino.
Afirma Alice sorrindo enquanto Edu permanece quieto e em silêncio observando o nosso entrosamento de maneira curiosa. Seu pai nos ouve com interesse e pergunta:
— Que tal pedir um café Eduardo?
— Vou pedir o serviço de quarto.
Responde Eduardo indo em direção ao telefone e eu permaneço de pé no mesmo lugar.
— Sente-se querida.
Ordena Alice e eu me sento de frente pra eles. A sala é bem decorada e há uma mesa de centro entre os dois pequenos sofás. Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha nervosamente, e confesso que não estava preparada para conhecer os pais de Eduardo hoje. Na verdade não estava preparada pra não conhecê-los nunca.
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Meu para sempre é você - ATUALIZAÇÕES INTERROMPIDAS TEMPORARIAMENTE
RomancePLÁGIO É CRIME- Artigo 184- Que traz o seguinte teor: Violar o direito autoral: Pena- detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa. Obra registrada na Biblioteca Nacional. ...