CAPÍTULO 26: PARTE I

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Oie gente, tudo bem? Como vai a quarentena de vocês? To de volta com mais um cap de O Padre.

Eu ia postar ontem, mas infelizmente tive uns problemas com o capítulo e acabei só conseguindo recuperar parte dele. Então não fiquem chateadas(os) comigo por isso. Tinha muita coisa antes deste final. Vou explicar na nota lá embaixo.

Boa leitura s2

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Muitos diriam que não sou o tipo de cara que aprecia a cultura norte americana, mas quando estou sozinho e o mundo lá fora é encoberto por uma camada maciça de solidão e, um desesperador desejo dramático por clássicos musicais do pop, flagro-me em minhas antigas e recentes paixões instantâneas. Em certas ocasiões onde o mergulho profundo na literatura tornava-se tentadora, via-me entretido por centenas de títulos famosos. Para não ser muito injusto lia um ou dois exemplares de autores locais quase esquecidos nas prateleiras, isso antes de Kate e Oliver aparecerem.

Mas de uns tempos para cá a quantidade de livros que li pode ser resumida a nada. Os dias anterios ora eram tomados por um silêncio acolhedor, ora caminhavam para a turbulência incômoda de sempre. Acho que as palavras não ajudariam tanto, talvez até piorassem a situação. Mas não é algo muito revelador e importante, bom, é um assunto que não vêm ao caso agora.

Se parar por pelo menos meio munito e imaginar tudo que alguém possa fazer quando você não está olhando, de algum modo seu cérebro irá sugerir hipóteses inconclusivas. Mas percebo que não é assim que funciona comigo.

Você sabe! Por eu ser padre a visão que as pessoas tem de mim é totalmente diferente do que elas tem de um homem comum da sociedade. Quando estou na rua e alguém me cumprimenta gentilmente espera ansiosa por uma resposta, bênção ou seja lá o quê. Imagino que pela convivência na igreja, essas mesmas pessoas me vêem como um homem fiel a Deus, um cara de muitas palavras, sério, responsável, religioso e todo resto. Dessa forma acabam criando a espectativa fantasiosa de que meus dias são preenchidos por rotinas leves, digamos que para elas eu só acorde, agradeço por estar vivo, tomo meu café, leio duas páginas decoradas da bíblia, assisto programas educativos, acompanho alguns esportes interessantes na TV, vejo o noticiário e blá blá blá. É só isso. Essa é a certeza da maioria.

Talvez eu esteja errado. Paranóico e um pouco precipitado. Mas sendo eu quem sou fora dessa minha zona de conforto, é bem provável que eu esteja certo. A questão é que eles é quem estão errados.

A verdade é que eu curto música, literatura, jogos de ps4 e xbox. E quando estou longe de tudo e de todos embarco na aventura de jogos mobile, tipo FPS e minecraft, o que é tão divertido quanto. Eu sei, ninguém espera que eu faça todas essas coisas com tanta coisa acontecendo lá fora. Ninguém, absolutamente ninguém mesmo acreditaria que essas simples atividades fariam de mim, o quase ex-padre, um nerd. A questão é que você só descobre as "imperfeições" das pessoas até ouvi-las contar sobre suas vidas. Mas é algo completamente particular, pelo menos para mim é. Talvez eu aprecie a visão dessas pessoas quando estou de batina. Ainda assim não mudaria nada. Eu vou continuar transando até eu não aguentar mais, ler meus HQs, ouvir minhas músicas altas, jogar meus jogos violentos e dizer palavrões horríveis.

Onde eu quero chegar com todo esse assunto? É bem simples. Eu só quero passar a informação básica. Quer dizer, a informação ousada fora dos padrões que em parte era desconhecida. Só para esclarecer alguns pontos importantes, ou como a língua falada costuma dizer, por os pingos nos is.

Apesar da minha relação comigo mesmo não ser uma das melhores, estou bastante contente e satisfeito por ter ganho a companhia de Kate e Oliver, eles me proporcionam a melhor das relações. Os dois me ajudam muito, até mais do que eu merecia. Eu não poderia estar mais feliz.

O Padre:(+18) COMPLETOМесто, где живут истории. Откройте их для себя