O Padre:(+18) COMPLETO

CAPÍTULO 9

CAPÍTULO CONTÉM CENA DESTINADA A MAIORES DE 18 ANOS.

Há trita minutos, Kate havia servido para mim e Oliver uma porção de batatas fritas recém esquentada no microondas, rosbife, bolo de carne e uma salada impecável ornamentada com folhas de alface, círculos pequenos de tomate e cubículos de cenoura fatiada. O único ponto ruim era o fato de eu ter odiado o sabor do vinagre, que em algum momento precisou ser utilizado na lavagem das verduras e legumes, o resto do jantar se seguiu razoavelmente, embora que por cortesia minha eu precisei ser obrigado a fazer um esforço para mascará a sensação nauseante daquele elemento negativo entre uma folha e outra.

A verdade era que Kate tinha caprichado bastante para me impressionar e pela cara que Oliver fazia de vez enquando, pude notar que em seus poucos anos de casados ela não havia preparado muitos jantares como àquele. De qualquer modo aproveitou cada pedacinho da comida com muito gosto, mesmo quando Kate afirmou que se nos distraíssemos ele lamberia seu prato.

Oliver tinha ficado tão vermelho que seu rosto quase alcançou a tonalidade laranja de seus cabelos ruivos, que se encontravam molhados e bagunçados como sempre.

Enquanto terminávamos o jantar, conversávamos sobre a semana que estive ausente. Oli viajou dois dias depois de mim para ir a uma conferência do trabalho em Omaha no Nebraska, mas não ficou tempo o suficiente para deixar Kate sozinha. No entanto ele revelou que decidiu cortar caminho pois precisou fazer uma pausa em Chicago/Illinois onde seus pais moram atualmente.

Já Kate, continuou seu trabalho no forum de Sioux orgulhando-se de sua vitória judicial há pouco mais de dois dias. O restante de sua rotina era cuidar da casa, ir a igreja no domingo e estudar casos mais complexos com uma bela taça de vinho depositado ao lado sobre a escrivaninha.

Eu também quis lhes contar um pouco da minha semana na cidade de Sevilha, que a propósito não foi lá essas coisas. Exceto por uma questão. Hope! Quando mencionei sobre ela Kate e Oli ficaram um tanto inquietos, mas eu expliquei que nada havia acontecido entre a gente e, sinceramente, àquilo acabou chegando a um ponto extremamente desconfortável da conversa.

ψψψψ

Ao final do jantar sugeri que comecemos a sobremesa na sala, pois, Kate disse ter levantado bem cedo para selecionar a dedo os melhores queijos que haveriam no mercado, e a sala pareceu ganhar um conforto anormal por isso. O vinho era outro elemento importante que protagonizou a hora da sobremesa que, de certo modo não envolvia algum tipo de doce especial, e sim um belo Queijo Camembert Francês com aroma de deixar a boca salivando e uma garrafa Cabernet Sauvignon.

Ajudei Oliver a afastar o sofá para que ganhassemos mais espaço perto da mesinha-de-centro. Sentamos alí mesmo e continuamos a nossa conversa por bastante tempo. Riamos da maior parte do que falávamos levantando assuntos que jamais pensei em falar ou relembrar algum dia. Modéstia a parte, meu passado não era a única lembrança turbulenta, Kate e Oliver também tinham tido seus melhores momentos.

- Tá falando sério? - eu pergunto, levando o olhar da minha taça de vinho para encarar os belos olhos azuis de Oli. Que especialmente haviam sido tomados por um azul-escuro assombroso.

Oli apanhou uma fatia de queijo a levando até a boca, enquanto mastigava, um sorriso malicioso se formou em seus lábios e duas covinhas salientes surgiram na maçã rosada da bochecha.

- Isso vai ser divertido. - comentou Kate, sorrindo safado.

Ele hesitou bastante antes que pudéssemos ouvir a primeira frase se formar.

- Não foi nada demais...

- Não foi nada demais?! - repeti em protesto, quase gargalhando.

- Não! Quer dizer, eu não tinha transado com muitas garotas, ele também não. Sabe como é? Garotos. Num acampamento de verão do colégio. Inexperientes. Nenhuma garota daria mole pra uma dupla de idiotas na época se nenhum de nós tomasse atitude primeiro e, quanto a isso éramos dois covardes. E o principal; Parry e eu tínhamos alguma coisa. Sei lá, éramos melhores amigos, mas as vezes eu sentia que estávamos nos aproximando além do limite.