O Padre:(+18) COMPLETO

CAPÍTULO 5

Oiee, tudo bem? Espero que sim. <3

Voltei com mais um capítulo do nosso pecador rsrsrs. Antes de começar a leitura. Devem estar se perguntado “ele ja não tinha postado o cap 5?” Pois bem, sim, porém fiz uma pequena mudança ma sequência de capítulos e então esse que seria o 6 tornou-se o 5. Não houve nenhum interferência na história.

Boa leitura e não esqueçam de votar e comentar.:3

ψψψψ

Acometido pelo silêncio da noite, tentei vasculhar o interior da minha mente em busca de qualquer lembrança sobre àquele dia. Havia uma onda de pensamentos para processar e a maior parte era confusa como um borrão. Talvez eu só estivesse tendo outro pesadelo, ou melhor, talvez eu estivesse precisado dormir depois da noitada de hoje.

Devo ter perdido a sintonia da coisa nos últimos anos.

Fecho os olhos e deixo que o sono venha.

— O que vai querer, meu bom?

Antes de decidir o que beber li seu nome no crachá do uniforme . Zach! Sutil demais para alguém como ele.

— O que sugere?

Zach olhou para o bar, imaginado que tipo de pessoa pede sugestão de bebida. Quem me garante que era isso mesmo que ele estava pensando? Nossa, que ideia minha, quem eu queria enganar? A mim mesmo? Eu me odiava por fazer àquilo sempre. O segredo era bem simples, você pergunta qualquer coisa que não faça o menor sentindo —pois se vai a um bar é provável que saiba o que irá pedir— então consegue adivinhar através da expressão da outra pessoa o que ela pensa, acha e até mesmo o que ela quer.

É uma espécie de truque que eu aprimorei ao longo dos meus anos na igreja. Conheci gente o suficiente para saber o que escondem e o que mais  desejam.

— Vodka...?! – perguntou, tão confuso quanto a maioria da clientela a essa altura.

Na verdade, hoje foi o dia em que eu decidi sair um pouco, o que quero dizer é que escapei do meu pequeno mundinho religioso só para burlar as regras. O imbecil do Cícero ficaria abismado se soubesse que estou em Brandon, num bar, bem longe de casa.“Pagará penitência por essa ousadia, Henry”, babaca. Por tanto, chega daqueles vinhos consagrados eu quero algo forte, e que me faça esquecer tudo no outro dia.

— Desde que seja a sua bebida mais forte. – pisquei e de algum modo Zach ficou desconcertado.

—Ok, eu vou...eu vou pegar a sua bebida forte.

Não demorou muito até que o jovem barman de cabelo engraçado trouxe uma garrafa e um copinho em mãos, o líquido de dentro era tão transparente quanto água. Assim que ele terminou de me servir eu peguei a bebida.

— Saúde! – eu disse, então engoli de uma única vez. Eu tossi, engasguei e recuperei o fôlego por pouco.

— Você está bem?

— Temos um vencedor! — eu ergui o copo, meio zonzo.

Vodka é  forte o bastante!

Zach serviu mais um pouco daquilo, e consequentemente serviu outra vez após um minuto, e de novo e de novo. Não consegui contar quantos copos de vodka eu tomei, depois de tantos eu nem poderia me levantar desse banco quem dirá contar números.

O bar parecia dar voltas no quarteirão e as vezes era como se todo mundo estivesse falando comigo. Eu ria de qualquer coisa que Zach falava e nem ao menos sabia o motivo. Como diabos eu tinha esquecido que isso era bom demais?