CAPÍTULO 24

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Oiee! Quanto tempo, não? São vários meses sem dar um sinal de vida huahuah. Mas eu voltei hehehe.

Fiquem com esse cap e boa leitura bjs:3

Não lembrava como era a sensação de estar vivo, em outras palavras, de sentir que aquele espaço orgânico que suporta cerca de cinco litros e meio de sangue, pode nos levar a um nível inestimável de tudo que você consegue imaginar sobre si mesmo.  O que se parar para pensar bastante sobre toda as relações que seu cérebro proporcionou durante esse processo inusitado e claro...não esquecendo todas as reflexões que o levou a chegar nessa conclusão, vale lembrar que de acordo com a situação do presente momento, os dois minutos e quarenta e dois segundos perdidos acabariam sendo suficiente para realizar tarefas importantes com seu corpo.

Eu sei, eu sei, esse pensamento acabou se tornando uma daquelas questões complicadas que tínhamos que decifrar na época do colegial. Mas quer saber de uma coisa? É exatamente uma dessas questões que ninguém nunca conseguiu entender com setenta e cinco porcento de sucesso. Ou seja, eu poderia simplesmente ter ido direto ao ponto principal, mas embora esse seja o objetivo, gosto do sabor de ir do ponto zero até o ponto número não definido. Por tanto, o princípio do meu relatório de forma alguma se assemelha com o drama psicológico que tenho passado nos últimos meses, nada disso. Na verdade é bem o contrário, trata-se do meu próprio drama físico compartilhado.

Bom, pelo menos eu passei a chamar assim.

O que eu quero dizer com essa enrolação  é que fazer sexo com Kate é melhor do que qualquer coisa que eu já tenha provado na vida. É um fato definitivamente importante.

Talvez eu esteja um pouco velho pra essas coisas. Ou ficando. Ou seja apenas uma daquelas fases que todo e qualquer homem jovem enfrenta quando se aproxima dos seus tanto e poucos anos. Ou na verdade não passa de uma desculpa interior para manter a sensação do orgasmo por mais do que trinta segundos. 

Por que para Kate parece ser mais fácil? Sinceramente, eu não estou desdenhando a prática do sexo selvagem, longe de mim. A questão em pauta é o fato de ela estar alí, completamente fogosa e eu estar aqui, tentando prolongar o meu curto tempo de prazer  explosivo na tentativa de parecer perfeito para ela. Eu não sei, talvez seja por conta do estresse ou sei lá. É irritante. Caramba, é ainda mais irritante do que pensei. Tudo parece tão bom e tão exaustivo também.

A visão toda de Kate nua sobre mim é mais que satisfatória. Aliás é muito mais que isso. É insaciável. Aquela posição é perfeita. Kate com as mãos nos seios, apertando a rigidez dos seus mamilos como se pudesse deixá-los mais inchados do que já estão. O seu quadril dançando num ritmo que mal posso acompanhar com os olhos. Ah meu Deus  isso é bom demais. Os seus gemidos que acompanham um repertório melancólico é muito melhor que só ouvir pornô pelo fone de ouvido no ônibus enquanto o seu celular está rodando o vídeo dentro da mochila. A pele dela macia batendo na minha virilha misturada aquele pequeno barulho estridente e todo o resto. A sensação de estar dentro dela percorre toda a linha da minha coluna causando uma eletricidade que contrai todos os músculos do meu corpo até eu não conseguir aguentar mais.

E por fim a paz. Aquela tão esperada paz que caminha toda a linha tênue do corpo incontáveis vezes. Mais vezes do que a minha mente agora deturpada por um frenesi descontrolado possa contar.

Kate jogou-se para o lado esquerdo da cama. Parecia mais que satisfeita. Sim, ela sentia-se exatamente assim, satisfeita. Eu a observo, curioso. Para ela aquele momento ainda a consumia. O sorriso nos lábios não negava e sua respiração cansada era o bastante, não havia dúvida alguma, eu tinha dado o meu melhor. Eu sei que é ridículo isso, mas eu precisava deixar alguém satisfeito por aqui. Admitir com toda certeza é mil vezes melhor do que quase tudo, principalmente quando se admite algo que melhore seu dia. E o meu dia está apenas começando.

Viro o rosto para o outro lado. Vejo o envelope de papel rasgado que  coloquei sobre a mesa de cabeceira. Ainda penso bastante em relação a tudo. É realmente isso que quero? Estou completamente confuso. Talvez eu não queira ter que tomar tais decisões por hora, mas sei que terei de fazer. Não tem escapatória e, não é como se eu quisesse achar uma brecha, apenas quero ter certeza. A viagem pode ficar para o próximo final de semana, para o mês que vem ou para o meio do ano. Não é importante, não ainda. Preciso me decidir e isso significa pensar.

Além do mais, penso que é uma decisão que devo tomar sozinho. Só eu e eu, mais ninguém. Kate e Oliver tem me ajudado bastante a melhorar, a sair do escuro por algumas horas, eu sei que devo isso a eles. Mas durante toda a minha vida eu me vi sendo controlado por decisões que outros tomavam por mim. Era exaustivo. Se existe uma forma de eu ainda ser salvo quer dizer que a chance de ser totalmente mérito meu é equivalente a dez. Não é só mais um número, é o número. Significa muito pra mim.

Enquanto as minhas alucinações, o fato da minha mente projetar situações que nunca estão acontecendo de verdade, elas realmente me confundem. Me fazem acreditar no que eu acho que estou vivendo, mas é apenas um pesadelo. Uma espécie de corte temporal que me faz acreditar no que estou vivendo. Não tenho tido mais esses pesadelos ultimamente, espero que eu não precise relembrá-los. Não é nenhum pouco reconfortante.

Cruzo os braços debaixo da cabeça sentindo-me  aliviado. Kate adormeceu, está presa ao seu mundo de sonhos pelas próximas horas, é ainda mais linda quando está dormindo, sim. Oliver não chegou, deve demorar para voltar. Ele tem assuntos para resolver fora de casa. Estou sozinho mesmo que Kate esteja tão perto. Gosto disso, é bom. Gosto da solidão.

O Padre:(+18) COMPLETOWhere stories live. Discover now