De qualquer forma, constatar a triste resposta para essa pergunta fez com que eu pagasse o preço do meu egoísmo.

Cheguei à sala e imediatamente notei que não poderia me dar ao luxo de qualquer tipo de preparação, porque já sentada, com um copo de água nas mãos, estava uma mulher morena, com cabelos castanho-avermelhados, os olhos cor de avelã com um óculos elegante e excepcionalmente bonita. Ao seu lado, de pé, Adrien parecia não saber direito se caminhava ou ficava parado no mesmo lugar.

Ela me olhava com uma expressão indecifrável. Não era uma postura confortante ou amigável de nenhuma forma, mas tampouco era acusatória ou hostil. Ela simplesmente estava aceitando minha presença ali, por hora, sem fazer pré-julgamentos. Seria bastante agradável se nosso encontro se resumisse a isso, mas infelizmente ela pareceu, depois de alguns segundos, se dar conta dos meus hematomas, então vi sua expressão de choque quase disfarçada sob um semblante bondoso. Isso não tirou, de forma alguma, sua beleza.

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— Muito prazer... — Minha recente mania em falar simplesmente para tentar diminuir o tempo de um silencioso mal-estar estava fugindo do meu controle, mas não me importei. Agora, eu estendia a mão para ela e esperava que ela a tomasse.

Alya se levantou com calma, estendendo a mão em resposta e segurando a minha, sacudindo com suavidade. O aperto não era forte, mas sim firme. A atitude de uma dama, de uma mulher definitivamente segura.

— Como vai?

Eu não esperava que ela dissesse que sentia algum prazer em me ver. Alya não parecia ser o tipo de mulher falsa ou que mentia sem nenhum motivo aparente, então era exatamente esse tipo de resposta que eu esperava dela. O que eu não esperava era me sentir tão incrivelmente intimidada por ela, fosse por sua postura firme ou por sua beleza e seu corpo escultural, que fazia com que minha autoestima quisesse cometer suicídio.

— Você é linda.

O som de minha própria voz ecoava de novo, e pelo riso baixo que Adrien deu, havia ecoado fora da minha cabeça. Então eu havia dito aquilo em voz alta, sem nenhum motivo aparente, sem nenhuma explicação. Se quer se encaixava no momento, mas por alguma razão que só Deus saberia dizer, eu pronunciei aquelas palavras, e me perguntei se ela me acharia forçadamente simpática ou algum tipo de puxa-saco.

Tudo nela parecia ser forte, e eu tive essa impressão principalmente pelo olhar que ela sustentava enquanto me encarava. Seus olhos eram firmes, mantinham uma ligação direta com os meus, e se eu fosse um pouco mais paranoica, poderia dizer que Alya estava tentando me ler, desvendar minhas supostas mentiras e me analisar, certificando-se do quão boa ou ruim eu era para estar perto de Adrien.

— Obrigada. — Ela enfim falou, e como se tivesse terminado sua "leitura", seus olhos pareceram se suavizar um pouco, quase imperceptivelmente, mas se mantendo diretamente ligados aos meus. — Eu me chamo Alya. E você é Marinette, não é?

Suddenly in Love ♡ AdrienetteWhere stories live. Discover now