Números Imaginários

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Oi! Como vcs estão?
Eu ia att no final se semana passado, mas era meu aniversário de namoro e aniversário da minha namorada, e como a grande boiola que eu sou, acabei me enrolando com as surpresas e não terminei o cap :(

Mas aqui estou eu!
Feliz dia dos namorados pra vocês, espero que gostem do capítulo.

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Acredita-se agora que Kara Danvers e a ex-presidiária Lutessa Lena Luthor estão dirigindo o Dodge Charger preto, ano 2012, que pertence a um Hank Henshaw, guarda-costas da srta. Danvers de longa data e vítima de um tiroteio numa loja de conveniência ontem. O estado do sr.  Henshaw passou de crítico a grave, embora a polícia declare que ele ainda não pode se comunicar ou responder a perguntas no momento.

Pretensamente, Luthor e Danvers fugiram do local de um acidente, no início dessa manhã, mas uma testemunha anotou o número da placa e mais tarde se verificou que duas mulheres, cuja descrição bate com a dupla em questão, estavam, de fato, dirigindo o veículo.

Além disso, um carro alugado no nome da srta. Luthor não foi devolvido de acordo com o contrato, e agora o veículo foi declarado pela empresa de aluguel como roubado, somando-se à lista crescente de acusações feitas contra a ex-presidiária, e possivelmente também contra Kara Danvers.

[...]

O ônibus estava ocupado no máximo até a metade. Elas sentaram discretamente em dois lugares mais ou menos a dois terços para o fundo, do lado esquerdo. Nem tiveram de esperar. O ônibus ligou os motores dez minutos depois de terem comprado as passagens no guichê da atendente cansada, que alegremente aceitou dinheiro e não pediu identidade.  Eram quatro da manhã, e o motorista cansado pegou as passagens, arrancou a parte de cima sem comentários, sem nem um segundo olhar para os bilhetes ou para elas.

Kara usava óculos que tinha comprado no Walmart, e Lena tinha surrupiado dois bonés com o logotipo da empresa de telecomunicação da qual tinham fugido com o zelador surpreendentemente útil. Não é que ela tivesse tido um rompante de bondade quando viu a pequena tatuagem na mão de Lena. Mais tarde ela dissera que era um símbolo da "irmandade dos filhos da puta", outra tatuagem de presídio, facilmente reconhecível por outros ex-presidiários.

Ele poderia ter sido menos útil se tivesse visto Lena pegar os bonés da prateleira, mas Lena os enfiou na jaqueta e disse à Kara, em sua caminhada de volta para a loja de conveniência, que, se fossem pegas com os bonés, a empresa ficaria feliz da vida com a publicidade gratuita.

Com o boné e os óculos, Kara se sentiu bastante segura, mas, no momento em que Lena caiu no banco ao seu lado, a loira encontrou sua mão. Sua bravata havia desaparecido, assim como a adrenalina do palco. A euforia de ter os olhos de Lena nela, de sua boca pressionando a sua, de fugir da polícia, tudo tinha desaparecido. Ficaram em silêncio, as mãos unidas, até que o ônibus se afastasse da loja de conveniência e retumbasse para a rodovia, levando-as para longe de mais um fiasco.

Kara estava com medo de novo, a realidade quase demais para suportar no momento. Ela havia tido muitos momentos como aqueles, oscilando entre a descrença e a euforia diante das voltas e reviravoltas que seus dias tinham sofrido, e se sentia mais viva do que nunca, mas a realidade poderia ser uma viagem.

O tempo delas estava acabando. Precisavam chegar a Los Angeles. Precisavam fazer sua grande declaração. E então tudo acabaria. Chegaria ao fim. Mas não era por isso que ela estava com medo. Quando chegassem a Los Angeles, quando contradissessem abertamente a loucura da mídia, também acabaria tudo entre elas? E quantos carros iriam abandonar no caminho? O que elas estavam fazendo?

Part Of Me | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora