Denominador Comum

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Oi pessoas!
Eu demorei dessa vez huh?

Minhas aulas voltaram e agora tenho menos tempo pra escrever. Volto sempre o mais rápido que conseguir.

Sei que estão ansiosos para o Oscar, mas talvez ainda demore um pouco, afinal, não quero que a "jornada" delas acabe tão cedo.

Não revisei esse capítulo ainda, então me perdoem qualquer erro.

Boa leitura, e até.

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Nossa central recebeu vários relatos de avistamentos de Kara Danvers na companhia da ex-presidiária Lutessa Lena Luthor, que ao norte chegam a Buffalo e ao sul vão até a Louisiana. Temos relatos do que parece ser um assalto à mão armada de uma loja de bebidas nos arredores de Chicago, praticado por ninguém menos que a criminosa procurada, Lutessa Luthor, com a própria Kara Danvers atrás do volante de um Bronco de cor escura, esperando na porta do estabelecimento. Outras testemunhas afirmam que não havia mulher no banco do motorista, mas no banco de trás, que parecia, de alguma forma, imobilizada. Testemunhas dizem que a mulher até mesmo gritou para os pedestres. Até agora esses avistamentos não foram confirmados, e a polícia não comenta as denúncias. A avó e empresária de longa data de Kara Danvers deu uma entrevista para o Buzz TV sobre a neta na noite passada. Ela afirma que Kara foi levada contra a vontade e que ela vai fazer um apelo público à srta. Luthor em algum momento, para que ela liberte a superstar.

[...]

A loja de conveniência em Joplin, Missouri, onde deixaram Willian era cafona e divertida, um pouco disso e um pouco daquilo, e, quando Kara percebeu, estava se demorando em frente a livros expostos, perguntando-se o que Lena gostava de ler quando sua cabeça não estava cheia de números. Ela nunca tinha sido uma grande leitora. As palavras em sua cabeça sempre vinham com uma melodia, e ela se perguntava se os livros iriam segurar seu interesse por mais tempo se fossem escritos em rima, para que ela pudesse cantá-las.

Suas mãos passaram pelos títulos dos livros, livros de receitas que se vangloriavam de "um gostinho de Missouri" e romances de "autores locais". Kara começou a se virar na expectativa de ver o rosto de Lena quando algo chamou sua atenção.

Na prateleira de cima do expositor, apoiado, de modo que dava para ver a capa, estava um livro frágil, empoeirada, que parecia ter sido produzido por alguém com uma impressora caseira. Foi o título que chamou sua atenção, e ela puxou o livreto da prateleira, seus olhos na imagem de um casal vestido com roupas dos anos 30, sorrindo para a câmera, a moça sentada no braço esquerdo do rapaz, abraçada a ele, como ele estava abraçado a ela, o braço esquerdo segurando-a no alto, em uma pose quase infantil, que mostrava a força dele e o afeto dela.

Ele segurava um chapéu branco na mão direita, que obscurecia parcialmente a placa do carro atrás deles. Acima da imagem estavam as palavras Bonnie & Clyde. Abaixo, Sua História. Era simples e sem sofisticação. Ela não precisaria de mais de uma hora para lê-lo de ponta a ponta duas vezes. Mas estava fascinada por aquela imagem, pelo casal com quem ela e Lena compartilhavam algumas "semelhanças". Pegou todos os exemplares na prateleira, uma pilha fina deles, como se aquilo fosse sua história e as páginas guardassem seus segredos.

A operadora do caixa pareceu surpresa pelo fato de Kara precisar de seis cópias do livreto, mas ficou "feliz por vê-los irem embora", já que estavam na mesma prateleira desde quando ela começou a trabalhar ali. 

— Deve ser muito preciso. A mulher que fez o livro era parente ou prima distante de Clyde Barrow, eu acho. Era muito defensora dois dois. Meio obcecada por eles, na verdade. Ela disse que a história deles, em primeiro lugar, era uma história de amor, e as pessoas se distraíam com a violência. Ela já morreu, mas não tive coragem de jogar os livros fora.

Part Of Me | SupercorpWhere stories live. Discover now