Mudança De Fase

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Hey!
Demorei pra caramba, eu sei. Me perdoem por isso.

Fiquei na praia durante algumas semanas, sem meu notebook, e quando cheguei demorei para começar a escrever.

Esse capítulo ficou mais curto, me perdoem por isso também, mas não queria passar mais uma semana sem postar.

Enfim, boa leitura!

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Lena e Kara fizeram como Hank sugeriu e saíram logo depois dele, trancando a porta atrás delas. Hank havia estacionado o Charger quase um quarteirão para baixo na mesma rua, em frente a uma casa caindo aos pedaços, com vários outros carros estacionados em cima da grama. Alunos da faculdade. Kara não conseguia deixar de sentir que alguém, um policial ou um repórter, poderia pular na frente delas a qualquer momento, mas bem poucas pessoas estavam na rua, e as que estavam não deram a mínima para elas.

Lena não ia poder ver o pai, afinal de contas. A loira se sentiu mal por ela e disse isso quando estraram no Charger. O luxo do carro de Hank parecia quase exótico depois dos dias na velha Blazer barulhenta.

— Vou pedir para o meu pai recuperar a Blazer quando a confusão toda passar. Aí ele pode ir até Las Vegas e passar alguns dias comigo. Acho que ele estaria disposto. Meu pai tem tentado me fazer vir a St. Louis desde que fui solta, na esperança de que eu fosse para a faculdade. — Lena deu de ombros e deixou a sugestão do pai pairar no ar.

— Por que não? A faculdade, quero dizer. Você é muito inteligente, poderia mexer com matemática o dia todo, certo?

— Ninguém quer sentar e ficar resolvendo problemas matemáticos o dia todo, Kara. Não é assim. Eu amo números e padrões, e os vejo em todos os lugares, mas não preciso me sentar numa carteira de faculdade para fazer isso. Além do mais, não quero que meu pai tenha que explicar a meu respeito aos colegas dele. As pessoas nesses círculos não têm filhas que passaram os anos de faculdade na cadeia.

 — Imagino que as pessoas nos círculos dele não tenham filhas que conseguem multiplicar números grandes de cabeça e lembrar cada carta que é jogada numa partida de pôquer.

Lena grunhiu, como se não tivesse resposta para isso, e deu partida no carro. Kara estendeu a mão e desligou o motor. A morena olhou para ela com surpresa, e ela respirou fundo.

— Eu faço o que você quiser fazer.

Lena levantou as sobrancelhas, esperando que ela se explicasse.

— Eu fui egoísta. Posso acabar com isso. É só a gente ir até a polícia. Dou um depoimento, depois vamos buscar a Blazer. E tudo termina.

— Acabei de prometer ao Hank que vou te levar a Los Angeles — Lena disse, com o rosto inexopressivo.

— Eu vou para Los Angeles.

— Como? Você não tem dinheiro.

— Tenho cartões.

— Acho que cada um desses cartões foi suspenso. Sua avó me parece o tipo que não deixa nada de fora.

— Então me leve a um banco. Agora estou com minha identidade, com os números das contas. Vou conseguir o que preciso.

— Eu te levo ao banco.

Kara concordou com a cabeça, um nó subindo pela sua garganta.

— Certo.

— Mas vamos fazer o que tínhamos planejado. Vamos seguir o combinado. Vamos para LA, deixar o mundo ver que Kara Danvers está ótima, e depois você decide o que fazer. Não a sua avó. Não eu. Você.

Part Of Me | SupercorpWhere stories live. Discover now