Linda. Uma puta linda. Embora eu não tivesse notado isso ao primeiro olhar, depois constatei que a beleza dela aumentava com o nível de intimidade que nós compartilhávamos.
Sorri ao lembrar de sua arrogância dizendo que ela me deixaria satisfeito, e que não aceitaria sexo anal. Sorri porque ela era teimosa, como nenhuma das outras eram. Todas eram submissas e estavam sempre sorrindo quando eu pedia algo grosseiro. Assentiam e faziam, sem contestar. Ela, no entanto, ditava suas próprias regras.
— Uma menina braba. — Falei baixo comigo mesmo. E já estava pensando em como seria a próxima noite.
E pensando na próxima noite, adormeci.
O dia passou como os outros: Sem objetivos, sem ânimo, sem distrações. Cuidei dos negócios como me cabia cuidar, dando ordens e assinando papéis. Foram doze horas de puro ócio e vazio, até o relógio marcar 20h e eu sair da empresa deixando alguns papéis ainda por assinar.
Dei partida no carro e fui direto para a L'Amok, onde mais uma noite me esperava.
— Tive medo que você fosse desaparecer por mais três semanas. — Nathalie veio me recepcionar assim que entrei no lugar. Como na noite anterior, a iluminação fraca e a decoração em madeira davam ao ambiente o mistério e o calor que eu buscava.
— Tenho que quitar o prejuízo que lhe dei durante esse tempo, não é? — Sorri, pegando minha dose de whisky que acabara de pedir no bar.
— Eu não ia exigir nada, mas se sua consciência diz para fazer isso... — Ela retribuiu o sorriso. - Então, quem quer hoje?
— Estava pensando na garota de ontem, Marinette. Ela está livre? — Olhei em volta à sua procura.
— Vou procurá-la pra você, querido. — E saiu.
Fiquei no bar, observando novamente os homens e as putas em seus colos. Sentia um pouco de vergonha por fazer parte daquilo, por agir também daquela forma. Mas eu já havia tentando ser direito, ser correto. E uma vadia resolveu partir o meu coração...
— Adrien?
Me virei e vi Marinette, vestindo uma blusa comprida de gola alta vermelha com alguns detalhes em preto, um short curto, meia-calça preta e sapato baixo. Ela definitivamente não parecia uma puta, não sei porque, é patético, mas sua combinação de cores me fazia lembrar uma pequena joaninha.
— Boa noite, Marinette. Está muito bonita hoje. — Seus cabelos azulados estavam presos de uma forma despreocupada na nuca, não em um rabo-de-cavalo, mas sim em um coque que deixava soltos vários fios rebeldes, que se moldavam aos seus ombros. Era quase que um bagunçado proposital.
— Boa noite. Nathalie disse que queria falar comigo.
— Ah, sim. "Falar" não é o termo apropriado. — Sorri, encarando-a. Como ela permaneceu em silêncio, continuei: — Mas de qualquer forma, devo perguntá-la se você está livre agora.
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Suddenly in Love ♡ Adrienette
FanfictionEle, executivo de uma renomada grife da moda Europeia... Ela, prostituta de luxo que não se encaixa no tipo de vida que leva... Uma atração. Um encontro proporcionado pela desesperança. Adrien Agreste está completamente desmotivado para dar qualquer...
Capítulo 3
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