41 - Cuida de mim

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Como estão meus leitores maravilhosos nesse lindo domingo de quarentena?! Espero que bem e calminhos.

Se não, segue um cap pra distrair um pouquinho essas cabecinhas lindas!

PS.: Gostaram do desenho? Eu que fiz
:3

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Camila

– Não, nenhum dia. – eu falava com minha psiquiatra por telefone na sala, enquanto Lo colocava nossas malas na suíte que meu tio separou pra nós em sua casa.

– E como está se sentindo agora?

– Tenho tido falta de ar e sensação de estar caindo, está ficando cada dia mais frequente. – apertei os olhos.

– Certo, seu tio deve ter comprado o remédio que indiquei. Tome um e meio depois do jantar, e novamente um e meio, por mais dois dias, e depois diminua para um. Talvez possamos diminuir para meio comprimido mais pra frente, mas quero te avaliar antes.

– Tudo bem, Demi, obrigada.

– Por nada, espero que voltem logo.

– Eu também, não aguento mais ficar aqui, sabe, Miami não é mais pra mim, eu não me reconheço nesse lugar. As ruas, os restaurantes, as lojas pelas quais passamos na rua, parecia tudo tão... Sem graça, sem sentido.

– Sei bem como se sente. Me sinto exatamente assim com relação a New York.

– Eu sei, fico feliz de ter uma psiquiatra que me entende tão bem.

– Eu fico feliz de poder te ajudar a recomeçar, a se sentir mais confiante.

– Bem, eu já vou, vou ajudar Lauren com as malas.

– Tudo bem, qualquer coisa me ligue.

– Eu ligo. Tchau, Demi, obrigada.

– Tchau, Mila.

Fui em direção ao quarto e me derreti ao ver minha namorada toda enrolada, sem saber direito onde pôr tantas roupas minhas.

– Eu acho que a Yoko exagerou um pouquinho. – falei e ela me olhou.

– É roupa que não acaba mais, nem sei onde pôr isso. – ela me mostrou uma blusa que na verdade parecia mais uns barbantes costurados e emendados uns nos outros.

– Deixa aí na mala, amor, não vou usar mesmo, acho que nem vou levar nenhuma quando a gente voltar pra casa.

Lauren deixou a blusa de lado e veio em minha direção. – Camz, não me leve a mal, eu amo quando você diz “voltar pra casa”, mas sei lá, aqui também não é sua casa? – ela perguntou sem jeito e insegura, tão adorável.

– Não mais. Eu achei que fosse por um bom tempo, mas agora esse lugar só me traz lembranças ruins...

– Você não devia pensar assim, ver só o lado ruim. – ela me abraçou pela cintura. – Apesar de tudo, Miami te deu Yoko, tio Carlos, Ally, Harry, o Vitinho...

– Verdade. – me a aninhei nos braços dela. Por eles eu agradeço ter nascido aqui.

– Vamos terminar aqui, seu tio disse que o jantar vai sair daqui há pouco.

– Eu não estou com tanta fome. – suspirei.

– Minha namorada sem fome?! – ela brincou e eu ri. – Não mesmo, tem que comer, nem que seja um pouco. Não quero você fraquinha. – beijou minha cabeça. – O que a Demi disse sobre seu remédio?

LOST BOY (a camren tale)Where stories live. Discover now