34 - Carrie, nada estranha

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Volteeeeei vinhadum!

Queria taaaanto postar mais de uma vez, mas o trabalho atrapalha. Pra quê que a gente tem que trabalhar mesmo?

Ah é, pra ter dinheiro pra pagar internet e postar capítulos! :)

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Lauren

Quando chegamos na fazenda deu um belo trabalho pôr todos os cães no espaço que improvisamos pra eles na área reservada do galpão, tinham que ficar separados, porque alguns deles passaram a vida brigando e tudo que menos queríamos era que fizessem isso novamente, mas com jeito e paciência, conseguimos. Até o Etan e o Thomas estavam lá ajudando.

Ainda examinei alguns deles de novo, sob os protestos da minha namorada, pois ela queria que eu ficasse quietinha descansando. Eu estava linda com a cabeça enfaixada, parecia um turbante, e passado o susto de saberem o que aconteceu, o pessoal tirou muito sarro de mim por isso.

Na manhã seguinte, não sei como, Camila convenceu um dos médicos do hospital do centro a vir na fazenda olhar minha cabeça, ele fez alguns testes de reflexo comigo, olhou meu ferimento e constatou que estava tudo bem, me disse que eu já podia tirar o curativo, mas pôr bastante antisséptico, de quatro em quatro horas, Camz disse que faria isso por mim.

Depois que tudo se acalmou, ela conseguiu me fazer ficar deitada na cama, vendo uma série, enquanto fazia umas panquecas pra nós, só peço que não toque fogo na minha cozinha. Eu estava quase cochilando, quando minha namorada veio na minha direção com um sorriso enorme e deitou ao meu lado.

– Olha, Lo! Já tem mais de duas mil visualizações! – ela me mostrou o celular com a nossa página no Youtube. Nessa página Camila põe vídeos da nossa rotina, dos nossos resgates, de mim dando dicas de como tratar os animais, de alimentação, entre outras coisas.

– E olhe que você subiu o vídeo hoje de madrugada.

– Sim, tenho certeza de que os Marshall não vão se safar dessa tão fácil, com a comoção popular é mais fácil.

– Com certeza, Camz, mas a gente ainda tem que dar banho nos cães da rinha, dar as injeções, fazer exame de sangue... – meu celular tocando me interrompeu.

Eu atendi, era algo que eu não esperava, não tão cedo, mas fiquei muito feliz com a notícia. É claro que eu não faria objeção nenhuma em ficar com todos os cães da rinha, afinal essa é minha vida, mas a oferta veio em boa hora.

– O que foi? – ela franziu o cenho quando desliguei o celular sorrindo, mas continuava calada. – O que foi, Lo?

– Acabo de receber uma ligação do Canil Los Lobos, eles querem ficar com os cães da rinha.

– Como assim? Quem é esse povo? – Camila franziu o cenho.

– O Canil Los Lobos fica depois de Knoxville, eles adestram cães considerados bravos, intratáveis, ressocializam para poderem ser adotados, eles querem ficar com os cães, adestra-los e deixá-los em condições para adoção.

– E isso é bom, né? – ela sorriu.

– Sim, claro! Eu não faria questão de ficar e tratar todos eles, mas já que eles ofereceram ajuda, não sou eu quem vai recusar.

– Que ótimo então! – Camz me abraçou. – Mas como eles ficaram sabendo?

– Viram seu vídeo, ué! – sorri e ela também, mas de repente sua respiração mudou.

– O que há? – olhei seu rostinho, ela parecia triste, talvez um pouco envergonhada. – Ei, o que foi? – afaguei seus cabelos.

– Eles... Querem levar todos os cães da rinha? Todos mesmo?

LOST BOY (a camren tale)Where stories live. Discover now