25 - Quermesse do amor - parte 2

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Chegay, meus amores! Quem sentiu minha falta?!

Elas são fofas, mas quando querem, são muito safadíneas também! Aproveitem a segunda parte dessa quermesse maravilhosa!

Besitos!!
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Camila

Depois da ceninha de ciúmes que eu fiz (não me orgulho disso), Lo pôs o gelo na mão enquanto nos encaminhávamos para a praça, lá uma banda tocava umas músicas country. Ela jogou o saquinho numa lixeira e me guiou por entre as pessoas, até estarmos quase no centro do piso de madeira, acho que foi improvisado para servir de pista de dança. Na hora reconhecemos a música que acabara de começar.

– Bad Moon Rising! – Eu disse e nós gargalhamos. Foi a música que ela cantava na cozinha, no dia seguinte em que fizemos amor pela primeira vez.

Dançamos bastante, eu não sabia que música country e folk podia ser tão legal, mas eu estava me divertindo como nunca na vida. Lo sorria tão lindo, que por uns instantes tudo parecia em câmera lenta, as luzes, as pessoas, os sorrisos, pela primeira vez em vinte e dois anos, me senti à vontade numa festa, porque ela segurava minhas mãos, porque ela estava comigo.

Em alguns momentos, muitos na verdade, alguns rapazes tocaram no ombro de Lauren, pedindo pra dançar comigo, ela fazia uma cara tão feia, que alguns deles se afastaram com as mãos erguidas, mostrando que não queriam confusão, eu ria, ela brava é muito bonitinha. Mas até que fiquei contente por eles terem feito isso, ela provou um pouquinho dos ciúmes que eu provei agora há pouco.

– Já falei que ela está comigo e não vai dançar com mais ninguém, meu caro! – Laur quase rosnou pra um mais insistente.

– Ok, desculpe. – Ele saiu visivelmente chateado, e ela resmungava coisas inteligíveis.

– Não precisa fazer essa carinha, mulher das cavernas. – usei as pontas dos dedos indicadores para separar suas sobrancelhas unidas pela raiva. – Eu não pretendo dançar com mais ninguém.

Ela torceu a boca, mas em pouco tempo se rendeu a um sorriso meio emburrado. – Tudo bem, vamos esquecer esses idiotas. – eu lhe dei mais um beijo e continuamos nossa dança.

Eu me sentia estranhamente feliz no meio de um monte de desconhecidos, mas que aparentavam ser pessoas tão boas, o ambiente era leve, agradável, tão diferente de tudo que já experimentei, eu não conseguia parar de sorrir, de rir, gargalhar.

Num certo momento, quando todos estavam bem cansados, o vocalista disse que não queria nos matar do coração, então iria tocar uma música romântica, pra gente poder descansar um pouquinho.

Foi nessa hora que eu fiquei toda molinha nos braços da Lo, e nós dançamos bem devagar, eu descansava a cabeça no ombro dela e Lauren me apertava contra ela, segurando firme na minha cintura.

– Wise men say, only fools rush in... – Ela cantava no meu ouvido enquanto balançávamos com as bochechas coladas, ao som de Elvis. – But i can't help... Falling in love with you... – ela me fitou diretamente nos olhos, com uma intensidade que me fez quase desfalecer em seus braços.

– Eu também não, Lo... – falei corajosamente, e foi uma das melhores coisas que eu fiz na vida, me senti quase flutuando quando nos beijamos na pista de dança, não era uma confissão de sentimentos explícita, mas era o que tínhamos coragem de fazer no momento. Nós continuamos dançando e trocando beijos apaixonados até o final da música.

– Ok, pessoal! – o cantor falou com sotaque carregado. Lo e eu continuamos nos olhando intensamente com as testas juntinhas, não ousamos nos soltar uma da outra. – A gente vai tocar só mais umas duas, por que daqui quinze minutinhos vai ter fogos, minha gente! – o pessoal gritou e Lauren arregalou ligeiramente os olhos.

LOST BOY (a camren tale)Where stories live. Discover now