30 - Aprendendo a viver

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Chegaaaaay! Desculpem o atraso, tive que resolver umas paradas, pois vou viajar a trabalho semana que vem, mas aqui está o cap!

Besitos!!

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Camila

A ida ao médico foi uma perda de tempo, ele não quis me receitar remédio nenhum, por eu não ser paciente dele, o tal doutor Raymond disse que teria de me atender primeiro, queria que eu tivesse algumas sessões para ver se eu precisava realmente dos remédios.

Eu argumentei que se o meu médico de Miami passou o antidepressivo, era porque eu precisava, mas ele contra-argumentou que cada psiquiatra tem seu método, e o dele é o de ter algumas consultas antes de se decidir pela medicação.

Lauren queria voltar para a fazenda, para eu não ficar sem meus antidepressivos, mas eu disse que aguentaria dois dias sem eles, e passamos na farmácia para comprar uns florais, e no mercado, para comprar mais desse chá de mulungu, eu não sei qual o segredo dessa casca de árvore esquisita, mas eu dormi como uma pedra depois que tomei.

Mas sei que dormir bem não foi mérito apenas do chá. Lo me tratou com um carinho, uma paciência, foi comovente o modo como ela se preocupou e cuidou de mim. Também me emocionei com o cuidado que a mãe dela teve comigo, mesmo tendo acabado de me conhecer. Me senti acolhida de verdade ali, por isso dormi sem medo.

– Camz, você quer hamburguer, cachorro quente, pizza, ou almoço mesmo? – Lauren me trouxe de volta dos meus pensamentos.

– Vamos comer uma pizza? – me animei, pizza sempre me deixa um pouco mais feliz.

– Claro, do que você quer?

– Hum... Não sei, vamos ver as opções. – caminhamos pela praça de alimentação do shopping, olhando os restaurantes que serviam pizza, eu queria uma com massa mais grossa, e Lo com mais fina, com meu jeitinho acabamos indo pelo meu gosto.

Sentamos numa mesa e em vez de ficar de frente pra ela, eu arrastei uma cadeira e fiquei ao seu lado, escorada em seu corpo, como se me sentisse mais protegida desta forma, e ela me passou um dos braços sobre os ombros, me entregando toda sua proteção e tudo mais eu desejasse dela.

– Deixa eu ver... Que tal portuguesa? – eu lhe mostrava o cardápio.

– Boa, mas já comeu de atum?

– Nah, não gosto muito! – fiz careta e ela riu.

– E calabresa?

– Muito óbvia. Que tal uma doce? – foi a vez de Lo fazer uma careta adorável e eu ri. – Tá, então... Meia calabresa e meia napolitana. 

– Ótima escolha! – Lhe dei um selinho e chamei uma garçonete.

– Já escolheram? – a moça sorriu simpática.

– Sim, meia calabresa e meia napolitana.

– E para beber?

– Pra mim suco de maracujá, por favor.

– Eu quero o mesmo. – Lauren pediu.

– Tudo bem... Ah, desculpe a inconveniência. – a garçonete disse hesitante. – Mas você é Lauren, Lauren Jauregui?

– Eu mesma. – Lo sorriu franzindo o cenho.

– Ah, oi! Sou eu, Amanda!

– Amanda... – estava mais do que óbvio que não se lembrava dela.

– Amanda Prince, estudei com você no ensino médio.

– Amanda Prince, claro. – eu tive vontade de rir, pois minha namorada a olhava como se dissesse “Quem é Amanda Prince, meu Jesus?!”

LOST BOY (a camren tale)Where stories live. Discover now