16 - Cuidando do bebê dodói - parte 2

9K 644 505
                                    

Oiê, como vão? Eu estou bem, queria estar escrevendo mais, mas eu eu vou melhorar, prometo!

Segue mais um cap lindo!

Até mais!!

_______________________________________

Lauren

“Obrigada, Laur, meus pais nunca me contaram uma história...”

Talvez os pais dela trabalhem bastante e sejam muito ocupados, ou não saibam mesmo contar histórias, ou talvez Camila estivesse com muito sono quando disse isso e não estava raciocinando direito, afinal, se eles são tão ricos, como ela diz, devem ter uma vida boa e tempo sobrando.

Meus pais é que nunca tiveram muito, tendo que dar duro na loja de materiais de construção da família, para dar meu sustento e dos meus irmãos, e mesmo assim, à noite, eles arranjavam um tempinho pra nos contar como foi seu dia, uma história inventada, ou algo engraçado que houve na loja.

Falando nisso, estou com saudades deles, acho que vou tirar um fim de semana para visitá-los, eles vão adorar a surpresa. Vou levar um potinho de geleia da fazenda vizinha para mamãe, ela simplesmente ama, principalmente a de abóbora.

Como será que são os pais de Camila? Pelo pouco que ela falou, não parece se dar muito bem com eles, não sei por qual motivo, mas ela, aparentemente, guarda bastante mágoa dos dois, isso ficou evidente quando Mani perguntou deles uma vez, Camila desconversou sem graça, triste...

Depois que a deixei dormindo, coloquei uns legumes para cozinhar em fogo baixo e dei uma passada no galpão para ver os animais. Felizmente estão todos bem, Rich e os cães e gatos. Max me acompanhou como sempre, ele pensa que é meu ajudante, e eu acho que é mesmo.

Entrei no meu chalé e ela ainda dormia, ótimo, dá tempo de eu fazer um suco de laranja bem forte. Acho que estou me saindo bem tomando conta dela, mamãe fala que eu sempre levei jeito pra isso, cuidar, talvez por esse motivo tenha escolhido veterinária, e enfermagem como segunda opção no vestibular.

O fato é que eu amo isso demais, fazer quem está se sentindo mal, passar a se sentir bem novamente, e com os bichinhos é ainda mais desafiador, porque eles não falam e eu tenho que ser perspicaz em descobrir o que eles têm. É gratificante demais quando eu consigo, eu amo cuidar.

– Lauren... – Ela me chamou meia hora depois.

– Oi, já vou. – fui pro quarto. – Como está?

– Bom, antes parecia que um caminhão havia passado por cima de mim, agora está mais pra um carro de passeio. – eu ri.

– Fiz seu almoço. Está esfriando.

– Não quero, não estou com fome...

– Se não comer, não vou poder te dar a segunda dose do remédio de garanta.

– Mas eu não consigo engolir nada, nem saliva desce, isso é horrível! – ela choramingou e eu ponderei por uns instantes. 

– Vou te dar o remédio e esperamos meia hora, se fizer efeito ou não, você vai ter que comer. – Camila fez cara feia, mas não dei ouvidos, fui buscar a bandeja com seu almoço. Assim que ela tomou o remédio, eu pus a bandeja em meu colo.

– O que é isso? – Camila franziu o cenho.

– Abóbora amassada, batata, abobrinha, cenoura e caldo de carne.

– Não quero...

– Quer sim, vamos esperar um pouquinho e você come.

– Queria comer outra coisa... – Ela mordeu o lábio inferior e me fitou com um olhar lascivo.

LOST BOY (a camren tale)Onde histórias criam vida. Descubra agora