Capítulo 39

37 2 6
                                    

Eu demorei para publicar esse capítulo por motivos puramente verdadeiros sobre MEDO DE ESCREVER ELE.

Mesmo sendo baseado em um livro, algumas passagens são completamente originais e difíceis de se escrever.

Todavia, cá está o bendito capítulo fresquinho. Espero que gostem dele e por favor, dêem uma estrelinha para ele e comentem, isso ajuda na parte burocrática do wattpad.

Bom capítulo, bitches!

                                  ***

Lauren começou a ficar incomodada com os detalhes da própria história. Balançou o pé esquerdo, em completo nervosismo antes de beber para logo em seguida continuar com o relato.

⁃ Então eu avancei sobre ela e peguei o meu diário. O meu maldito diário! Ela vivia pedindo para ler o que eu escrevia. Por isso, eu o escondera atrás do aquecedor. Suponho que ela tenha revistado tudo enquanto eu estava doente. Não era a primeira vez que ela via ele, mas como eu escrevia em latim, duvido que ela tivesse entendido alguma coisa. Mas, infelizmente, enquanto fiquei doente, ela teve todas as chances de conseguir o dicionário. E apesar de todos zombarem do latim precário da Dakota, ela conseguiu traduzir as passagens mais recentes para o inglês com razoável competência. Devo admitir, jamais pensei que ela fosse capaz de uma coisa dessas. Com certeza ela dedicou vários dias ao serviço.

Ela constou. Robin, ao seu lado, tinha um olhar angustiante.

⁃ Sabe, na hora eu nem cheguei a me aborrecer. Estava surpresa demais para isso quando olhei a tradução, bem na minha frente. Olhei para ela, e de repente Dakota afastou a poltrona e começou a gritar comigo. Matamos o tal sujeito, ela disse, nós o matamos a sangue-frio e nem nos demos ao trabalho de contar isso para ela. Mas ela sabia desde o início que algo cheirava mal naquela história, e quando eu a chamei de vadia aproveitadora, ela quase foi até o consulado americano para avisar a polícia...Em seguida, por puro reflexo, dei-lhe um tapa no rosto, com toda a força. - Lauren suspirou tentando controlar a respiração nervosa. - Eu não deveria ter feito isso. Não a esbofeteei por raiva, e sim por frustração. Eu estava doente, exausta; temia que alguém ouvisse seus gritos; não aguentava mais, nem mais um segundo. Eu a atingi com mais força do que pretendia. Ela ficou boquiaberta. Minha mão deixara uma grande marca branca no rosto dela. De repente, o sangue voltou ao seu rosto, que se avermelhou. Então ela começou a gritar comigo, a praguejar histérica, tentando me bater. Aí eu ouvi passos apressados na escada, alguém batendo com força na porta, e um monte de palavras delirantes em italiano vindo de fora do quarto. Peguei o diário e a tradução, para jogá-los na lareira, Dakota tentou pegá-los, mas eu a mantive afastada até que as chamas devoraram a última folha e gritei para quem quer que fosse para entrar. Era a empregada. Ela entrou no quarto gritando em italiano. Mas falava tão rápido que não entendi nada. No início, pensei que ela reclamava do barulho. Depois compreendi que não. Ela sabia que eu estava doente; passei dias fechada no quarto, sem fazer barulho. Aí ela ouviu os gritos e pensou que eu tivesse morrido durante a noite, talvez, e que a outra signora me encontrara, mas agora eu estava ali, de pé na frente dela, portanto, não era este o caso, obviamente. Então ela ficou visivelmente aliviada e saiu para preparar nosso café da manhã. Dakota não entendeu nada. Nem fazia ideia do que tínhamos conversado, claro. Suponho que o diálogo, para ela, pareceu sinistro e inexplicável. Perguntou-me para onde ela fora, e o que eu havia dito, mas eu me sentia mal, e furiosa. Voltei para meu quarto e fechei a porta. Esperei até que a empregada subisse com o café da manhã, que foi servido no terraço, onde Dakota e eu comemos.

       ⁃ No entanto, curiosamente, Dakota falou pouco na mesa. Depois de um período de silêncio tenso, ela indagou a respeito da minha saúde, contou o que havia feito enquanto eu estava doente e nem mencionou a briga recente. Tomando café eu tentava manter a cabeça no lugar, era só o que me restava fazer. Ela estava magoada, certamente, pois o diário continha comentários desagradáveis sobre ela, então resolvi tratá-la melhor dali em diante, na esperança de evitar novos problemas.

A História Secreta - CamrenWhere stories live. Discover now