Capítulo 38

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oi oi, vocês. como estão? eu gostaria de contar a vocês uma coisa, isso, é claro, se vocês realmente lêem a minha fanfic e não são meros leitores fantasmas que a minha perturbada mente acusa sem piedade.

enfim, na minha cidade tinha um juíz que não lia os relatórios. ele assinava tudo mas não lia. e os advogados percebendo isso, começaram a mandar receitas culinárias no lugar dos relatórios judiciários. e adivinhem? isso durou por quatro fucking meses até eles conseguirem comprovar que o tal juiz não lia nadica de nada das coisas que o trabalho dele exigia.

Logo mais, suponho que terei que começar a postar receitas de couve com feijão aqui nessa estória, já que os assim chamados leitores, não comentam nada.

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Seguiu-se um longo silêncio. Meus olhos sofriam por causa do excesso de fumaça. Uma névoa densa acumulava-se no teto.

- Então, qual é o problema? -, perguntei.

- O que quer dizer?

- O que aconteceu? Vocês contaram tudo para Dakota ou não?

Lauren respirou fundo.

- Não -, ela disse. - Poderíamos ter contado. Porém, quanto menos gente soubesse, melhor, obviamente. Quando ficamos a sós, eu a sondei com cautela, mas ela se mostrou satisfeita com a história do cervo, e deixei para lá. Se ela não havia deduzido os fatos por si mesma, então não vi razão para contar nada. O corpo do sujeito foi encontrado, saiu uma reportagem no Examiner de Hampden, sem maiores problemas. Mas a seguir _ outra trapaça da sorte _, como em Hampden não ocorrem muitos fatos do gênero, suponho, que isso chamou a atenção de todos com a seguinte manchete: "MORTE MISTERIOSA NA COMARCA BATTENKILL". E Dakota viu este artigo.

- Demos um azar terrível -, Robin disse. - Ela nunca lê jornais. Nada disso teria acontecido se o cretino do Brian não se metesse.

- Brian tinha uma assinatura do jornal, algo a ver com a escola maternal -, Lauren explicou, esfregando os olhos. - Dakota estava com ele em Commons, antes do almoço. Brian conversava com um dos amigos, e Dakota, calculo, sentiu-se entediada e começou a ler o jornal. Os gêmeos e eu subimos para dar um olá, e a primeira coisa que ela falou, praticamente em plena sala, foi: "Ei, pessoal, um fazendeiro que criava galinhas foi assassinado perto da casa da Robin". E depois leu um trecho do artigo em voz alta. Crânio faturado, arma do crime desaparecida, nenhum motivo, sem pistas. Eu pensava num modo de mudar de assunto quando ela disse: "Ei. Dia 10 de novembro? Foi na noite que vocês passaram na casa da Robin. A noite em que atropelaram o cervo".

- Não sei -, falei. - como pode saber a data?

- Aconteceu no dia 10. Eu me lembro porque foi na véspera do aniversário da mamãe. Grande coincidência, não?

- Sim, claro. -, falei. - Sem dúvida.

- Se eu fosse desconfiada -, Dakota disse, - suspeitaria que você era a assassina, Lauren, voltando de Battenkill naquela mesma noite, com sangue da cabeça aos pés."

Lauren acendeu outro cigarro.

- Lembre-se de que estávamos na hora do almoço, com Commons cheio de gente. Brian e o amigo escutavam cada palavra, e além disso, sabe como Dakota fala alto... Então rimos, naturalmente, e Christian disse algo engraçado, e conseguimos mudar de assunto. Mas ela olhou para o jornal de novo e continuou: 'Não acredito, pessoal -, Dakota disse. - Um assassinato descarado, no mato, a menos de cinco quilômetros de onde vocês estavam. Sabe, se a polícia os visse naquela noite, estariam provavelmente presos a esta altura. Eles puseram um número de telefone para a gente ligar se souber de alguma coisa. Se eu quisesse, poderia arranjar um bocado de complicações para vocês...'

A História Secreta - CamrenWhere stories live. Discover now