Os dois comeram algo rápido, e após meia hora voltaram para a sala de espera. O silêncio foi total desde aquela hora da madrugada até de manhã, quando o médico apareceu novamente.
– Ela foi transferida para o quarto. - O médico avisou. - Vocês poderão vê-la, mas ela estará sedada até o fim da tarde mais ou menos, então, sugiro que vão para a casa, e descansem um pouco.
Eda entrou com Serkan dessa vez, no entanto, se limitou a ficar próxima a porta, apenas observando. Serkan foi para o lado dela, e se pôs a acariciar seu rosto e cabelo. Eda bem sabia um pouco da história de Nina, sabia o que Sanem a havia contado, mas não o suficiente para entender porque ela acabava com sua vida daquele jeito. Ela não a julgaria, mas tampouco a entendia. Ambos chegaram em casa, e meia hora depois, Serkan saiu de seu quarto de banho tomado, com aquela pose impecável, e pronto para voltar para a empresa.
– Não seria melhor você descansar? – Eda perguntou desinteressada, com uma caneca de chá na mão.
– Não. – Respondeu sério, passando por ela direto para o elevador, sem sequer olhá-la.
Eda com certeza aproveitaria as horas que tinha antes de voltar ao hospital para descansar. Mesmo tendo perdido já 1 semana de faculdade, não era hoje que ela iria voltar.
Quanto a Serkan, esse chegou a empresa justo a tempo de participar de uma reunião que tinha com Can naquele mesmo dia.
– Nós temos o capital para isso, o hospital duraria mais 2 anos e depois? Por Deus! – Can argumentava sério, tentando convencer os donos de um hospital que estava entrando em falência, que os vendessem.
- Certo, mas porque não nos tornamos sócios ao invés de assinarmos um contrato de venda. - Um dos donos falou, todos estavam relutantes em vender o hospital por completo, ao mesmo tempo que sabiam que sozinhos, o hospital não duraria.
– Eu vou dizer o que vai acontecer, se não nos venderem esse hospital. – Serkan entrou no meio da reunião e todos se viraram sérios para ele, inclusive Can, que se impressionou quando ele chegou. – Este hospital está falindo, sem recursos, quase sem médicos e equipamentos. Olhe, ninguém vai querer investir em seu hospital, digo, para que investir em um hospital falido, se podem investir um que esteja indo bem. – Esperou, e eles assentiram. – Mas... sabe porque vocês vão nos vender esse hospital. – E viu eles aguçarem o olhar para ele. – Porque nós o queremos, e eu, particularmente, consigo o que eu quero. A localização é boa, o tamanho dele é bom, ele apenas teve uma administração de merda nos últimos anos, o que o levou para a situação que está hoje.
– O que está fazendo aqui? – Can sussurrou quando o amigo chegou até ele. – Como está Nina?
– Já foi pro quarto. – Respondeu brevemente se voltando para a mesa de reunião.
– Então, tudo isso é por ambição? Comprar esse hospital, só porque você o quer? – Perguntou sério, um dos donos do hospital.
– De certo modo sim, eu coloquei na cabeça que quero mais essa expansão para a minha empresa, e só vou sossegar quando conseguir, e é exatamente ai que está o problema de vocês... Porque se não for o de vocês, vai ser outro, e vai ser o melhor em tudo que puder oferecer, e é ai, quando o único fio que segura o hospital de vocês da falência, vai se romper, porque eu vou esmagar vocês com o que tiver de melhor. - Nessa hora até mesmo Can estremeceu, como sempre acontecia quando o amigo falava assim.
– Mas então porque não nos associarmos?
– Porque eu quero mais. - Serkan respondeu duro. - Eu quero algo que seja meu, e de mais ninguém.
Serkan bem deixou aquela reunião um pouco antes do fim, e meia hora depois Can entrava na sala dele com a noticia que, obviamente, ele estava esperando.
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Vas a Quedarte
FanfictionSentimentos não são fáceis de mudar. As barreiras criadas por uma pessoa, que havia chego no auge de sua dor, são quase impossíveis de se quebrar... Quase. Serkan Bolat era o dono dessas barreiras. Ele vestia diariamente uma armadura, que nem seus...