Capítulo 30

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E mais uma vez, o tempo foi passando. Diferente do inicio do casamento, onde Eda e Serkan viviam a pé de guerra, na fase atual em que estavam, nem em pé de guerra eles viviam, pois Eda ignorava Serkan abertamente, conversando minimamente com ele, quando muito necessário. Mas acontece que Serkan vinha tentando evitar, mais bem, desviar de um feito que Selin já havia lhe dito que deveria acontecer.

- Eda. - Ele chamou pela esposa, ambos recém haviam chego em casa, curiosamente ao mesmo tempo, mas não juntos. Haviam se encontrado no elevador, e foram tomados por um silêncio insuportável até chegarem ao apartamento. - Nós temos que conversar. - Começou, suas mãos estavam no bolso, e Eda já havia notado que ele sempre fazia isso quando ele não tinha as coisas minimamente ao seu controle. - Eu tentei fugir às disso, mas Selin disse que precisamos sair de férias, por pelo menos 1 semana.

- Você só pode estar de brincadeira? - Riu nervosa. - E nós temos que fazer tudo o que a Selin quer?

- Bom, a mídia de fato irá se perguntar do porque os Bolat não irão sair nas suas primeiras férias como casados.

- Fuck.

- Exatamente. - Deu de ombros.

- Can e Sanem vão para Paris... Não podemos arrastar Nina conosco? - Pediu esperançosa, mas ele sequer respondeu.

- Certo, e se... Você escolher para onde iremos, e depois da nossa viagem, você e seu pai fizerem uma viagem, apenas vocês dois. - Sugeriu.

- Eu...

- Eu só penso que talvez seja infinitamente mais fácil pra você ir viajar para um lugar que verdadeiramente queira conhecer, e, também sabendo que após isso, você vai ter 1 semana de férias da minha presença. - Deu de ombros, e até que ambos esboçaram um sorriso ali.

- Certo. - Ela aceitou. - Te mando o destino da nossa viagem mais tarde, cheque seu e-mail. - Disse subindo para o seu quarto.

Meia hora mais trade, Serkan estava no escritório, quando uma mensagem chegou para ele. "Nós vamos para a Itália", e ele não pode evitar sorrir com isso.

- Tudo bem Eda Yildiz. - Sussurrou para si mesmo. - Vamos para a Itália.

...

Sanem e Can estavam de viagem marcada para Paris, queriam tirar umas férias de tudo, mas é claro, o destino escolhido, por Sanem, havia sido Paris, porque mesmo longe do trabalho, ela ainda queria ir para a capital da moda, e conseguir toda a inspiração possível e necessária para a nova coleção que ela já começava a criar.

- Eu adorei o conceito Sanem. - Ambos estavam no apartamento de Christian, e ela estava no escritório do irmão, que antes, era organizado, e após a chegada da irmã, e a mesma tomar posse de seu escritório, ele havia virado a própria baderna. Essa era uma diferença muito presente entre ambos os irmãos, enquanto Christian era super organizado, Sanem sempre fora muito bagunceira com tudo.

- Está bom mesmo? - Ela havia mostrado a ele apenas o rascunho do que ainda seria a nova coleção.

- Muito, eu gostei desse conceito livre. - Disse.

- Sabe como vai se chamar? - Ele aguardou pela reposta. - Albatroz. - Disse, e viu o sorriso dele surgir. - Essa coleção é pra você Can. - Ela se levantou da cadeira que estava sentada, e ficou em frente a ele. - Eu, Can, eu... - Ela se agoniou por não conseguir falar. Ela sabia que o amava, e sabia que confiava nele, mas uma parte dela ainda se prendia a uma ideia que ela bem tentava se desfazer.

- Shh... - Ele passou a mão pelos cabelos dela. - Não se preocupe, eu também amo você Sanem. - Ele disse seguro. - Eu ando pelas ruas e só vejo você, eu trabalho e só penso em você, eu fico longe de você e meu corpo só quer o seu... Mas não se preocupe, eu sei o que você sente. - Disse seguro.

...

Era a noite livre de Jasper, após quase 48h de plantão, e, após uma boa descansada, Ian e Nina apareceram no apartamento de Eleanor, e os 4 decidiram que dessa vez, ficariam em casa, e apenas pediriam uma pizza.

Nina e Ian, sabendo desse acordo entre Eleanor e Jasper, bem trataram de respeitar, e até mesmo seguir com eles a "agenda" de ambos. Os dois haviam parado de frequentar com a mesma frequência de antes as festas, mas bem sabiam que a frequência de Len havia continuado a mesma, por isso, de certa forma, bem acharam um bom acordo entre os dois, pois mesmo não podendo ir, Nina sempre se preocupava por Elenaor, e pela quantidade de drogas que ela usava nessas festas. Agora, ela sabia que se não estivesse com eles, estaria com Jasper.

- Mas Jas, você jura que não acha o regime Serkan Bolat de trabalhar, naquele hospital, insuportável? - Nina perguntava.

- Nina. - Ele riu. - Seu irmão sempre que foi ao hospital, por incrível que pareça, e por tudo o que você fala dele, foi bastante gentil com todos.

- Você tem certeza disso? Serkan Bolat? Gentil?

- Sim. - Disse tranquilo.

- Eda Yildiz está fazendo milagres. - Ela comentou, mas então, se lembrou de que Ian estava ao seu lado. Ela se virou para ele, e viu que ele estava sério com o comentário.

- Certo, vamos falar de outra coisa, eu já escuto o suficiente sobre trabalho durante a semana. - Len comentou. Ela estava no sofá, no meio das pernas de Jasper, enquanto Ian e Nina estavam sentados no grande tapete peluciado, de frente para eles. - Eu bem me lembrei que eu nunca contei ao Jasper que... - E então encarou Nina e Ian, e os dois sorriram divertidos para ela, enquanto Jasper franziu o cenho.

- Não me contou o que? - Os três riram. - Eleanor?

- Certo, não vá surtar... Nós três... Bom... - E então, deixou que o próprio namorado completasse a frase.

- Vocês três... Não, não, pera. - Ele havia entendido. - Vocês três fizeram a porra de um menage?

- Isso te incomoda? - Ian perguntou, era uma espécie de bro code ali.

- Não, me inveja.

- Ei. - Eleanor bateu no braço dele.

- Quer que eu minta? - Ele perguntou rindo.

- Bom, se a Len quiser, podemos resolver isso, e... - Nina comentou rindo, ela já conhecia a amiga.

- Ninguém vai resolver nada, parem. - Len disse.

- Ei, ei doidinha. - Jasper virou o rosto dela para ele, e a beijou.

Era exatamente esse o tipo de "rolê" que Jasper queria preservar. Ele não se preocuparia tanto com Eleanor em festas, se soubesse que ela se cuidaria, se soubesse que ela não se drogaria. Mas ela havia chego a um ponto, em que estar drogada era constante, e estar sóbria, inconstante, mas ele já havia entendido, através de Mark, que tentar proibi-la e controla-la, não a ajudaria, por isso, ele tentaria, de forma reservada, mostrar a ela que ela também poderia se divertir, e muito quando estivesse sóbria.

Vas a QuedarteWhere stories live. Discover now