Vas a Quedarte

Capítulo 7

E aquele dia, o grande dia, havia chego.

Sanem fora cedo para a casa de Eda, acompanhada de toda uma equipe de cabeleireiros e maquiadores. As duas passaram a manhã e parte da tarde se arrumando, Sanem sempre supervisionando o que era feito com Eda, garantindo que a outra ficasse impecável.

Perto das cinco, a igreja já estava lotada, e Serkan esperava, não muito ansioso, pela noiva. Ele estava impaciente, queria terminar com isso tudo de uma vez, mas precisava parecer convincente, então, esboçava um sorriso no rosto, e cumprimentava os convidados, como se aquele dia realmente importasse para ele.

Algum tempo depois, Eda chegou a igreja, acompanhada de Sanem e de seu pai, e as duas se encaminharam para uma sala preparada especialmente para que Eda esperasse até seu momento de entrar. Mas algo inesperado aconteceu ali... Algo bem inesperado.

- Eda. - Ian Somerholder entrava ali com uma expressão doída no rosto. - Eda, por favor, não se case. - Pediu, fazendo-a se surpreender.

- Ian, o que faz aqui?

- Não se case, por favor. - Pediu novamente.

Acontece que Ian passara as ultimas semanas tentando entender a relação de Eda e Serkan. Tentando aceitar o fato de que ele a havia perdido, enfim... Tentando entender. Eda percebeu ali que ela estava certa, Ian todavia tinha sentimentos por ela, sentimentos que ela gostaria de retribuir, sentimentos, que em outra situação, poderiam, literalmente tê-la salvado desse casamento. Mas como tais não existiam, ela apenas sentia dor ao ver o amigo sofrendo por ela.

- Ian, não posso fazer isso... Porque você está aqui? - Perguntou confusa, mas uma parte de si bem queria largar tudo.

- Eu amo você. - Confessou despercebido. - Você realmente o ama? Vamos embora daqui. - Sugeriu. - Não precisa ser comigo, só... Vamos? - Perguntou de novo, e ela suspirou.

– Não posso fazer isso. – Respondeu se fazendo segura, apesar da proposta tentadora, ela sabia que não podia fazer isso.

- Tudo bem Eda. - Ele aceitou. - Me desculpe por isso. - Pediu, e saiu da sala. Ele não estava bêbado, o que surpreendeu ainda mais Eda.

Ian saiu da sala arrasado, mas ainda assim se pôs em seu lugar na igreja, precisava vê-la se casando, precisava aceitar que a havia perdido. Enquanto ainda dentro da sala, Sanem apenas se pôs a apertar o ombro de Eda, que agradeceu a todos os deuses que conhecia por seu pai não estar na sala naquele momento.

- Bom filha. - Alexander entrou de volta, quando Eda já estava um pouco mais calma. - Vamos? - Perguntou sorrindo.

- Vamos pai. - Ela confirmou, e se obrigou a sorrir.

Finalmente a hora de entrar na igreja chegou, e acompanhada de Alexander, Eda foi ao encontro de Serkan no altar. Sanem em seu lugar, como madrinha, esbanjava um sorriso enorme, mas não pelo casamento em si, e sim, porque havia conseguido o que queria, Serkan simplesmente não tirava os olhos de Eda, e ela teve a certeza de que aquele olhar era de deslumbre, afinal, um sorriso bem que escondido surgiu no canto da boca do mesmo, mas convenhamos, ela estava perfeita.

O casamento seguiu normal, uma cerimonia de praxe, e após os votos, que foram espirrados por ambos, dizendo palavras que de verdade não sentiam, o padre os declarou casados.

- Agora você é minha. - Ele sussurrou em seu ouvido, antes de selar seus lábios com o dela.

- Vamos ver. - Desafiou assim que os dois distanciaram os lábios.

Após a cerimônia, os convidados foram para a festa que seria oferecida. O salão estava impecável, e a decoração fazendo um contraste entre um branco perolado e um rosa pastel claro, ambas as cores faziam um contraste que se tornava maravilhoso aos olhos de quem via, tudo minimamente escolhido por Serkan, fora nesse dia que Eda entendera em parte o porque do mesmo ser tão duro.