Capítulo 25

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"Dirá la gente que yo estoy loca. Si yo estoy loca es porque andas en mi cabeza"

- Como assim? Tentar o que Serkan?

- Quero tentar, sabe, ter um casamento minimamente normal, ou normal no meu padrão de normal, mas sem um contrato no meio. - Disse.

- Eu acho que não estou te entendendo... - Eda disse.

- Eu fui até aquela loira hoje que eu mal me lembro o nome, e simplesmente travei, da mesma maneira que eu travei com a Margaux a algum tempo atrás. - Contou. - Eu não consigo estar com outra mulher, ou sequer pensar em outra mulher. - Admitiu. - Antes de você isso era tão normal pra mim, porque eu nunca queria conhecer ninguém, nem me envolver com ninguém, mas agora... - Ele deu de ombros. - Olha, eu não consigo te prometer um casamento de rosas, nem um sentimento muito profundo, eu sei que eu nunca mais conseguiria me apaixonar ou amar alguém novamente, mas... Eu também sei que eu me importo com você, e isso é muito mais do que eu senti em anos, então, eu queria tentar. - Disse, e foi até ela, a passos inconscientes.

- Eu também tenho sentimentos, que não condizem em nada com tudo o que você já me fez passar. - Com essa, ele sorriu. - Mas que estão aqui, e eu não posso nega-los. - Ela disse sincera, levando uma mão até o rosto dele. - Mas o que exatamente seria esse seu "tentar"?

- Bom, seria... Uma espécie de trégua. - Disse. - Nós só, levamos esse casamento, como de verdade um casamento tem que ser levado, e... Nos deixamos levar. As vezes eu acho que nós trazemos de mais o contrato para o nosso dia a dia, e esquecemos de realmente aproveitar como gostamos. - Falou, levando uma das mechas dela para trás da orelha. - Eu não queria ir a essa festa hoje com você porque você fez algo que eu pedi, eu queria ir, porque eu gosto de te ver empolgada com algo, é contagiante a sua felicidade. Eu não quero sair para jantar com você, ou te buscar na faculdade só porque um paparazzi pode nos flagrar, eu quero fazer isso, simplesmente porque me dá vontade de ir te buscar, ou de apenas aproveitar uma noite com a minha esposa. - Olha Serkan Bolat, pra quem não consegue demonstrar seus sentimentos, você se saiu muito bem.

- Tá bom. - Ela sussurrou algum tempo depois.

- Você... Aceita a trégua?

- Sim Serkan, eu também quero tentar. - Disse, e ele já havia terminado com o espaço entre eles, e após alguns segundos onde os dois ficaram ali, se encarando, ele dei um beijo delicado nela.

- Tá bom, agora vem. - Disse quando ambos se distanciaram. - Você está bêbada de mais para qualquer coisa.

- Quando era você bêbado, você não ligou para isso. - Lembrou, fazendo-o rir.

- Vem Eda. - Ele a guiou até o chuveiro, e após a mesma sair do banho, de fato, ela saiu bem cansada, tanto, que ela simplesmente se deitou na cama, e quando Serkan voltou com a água que ela havia pedido, ela já estava dormindo. - O que eu faço com você? - Debochou rindo, e se deitando ao lado dela, que se alinhou a ele inconciênte.

Aquela trégua estava... Interessante. O dia seguinte a tal decisão, foi um tanto quanto estranho para ambos, pelo menos durante a manhã, mas após Serkan convida-la, na maior tranquilidade, para almoçarem fora, ambos viram que sim, aquilo poderia funcionar.

E funcionou. Nos dias que se seguiram, eles perceberam o quão leve ficava a relação deles, por estarem juntos sem obrigações. Eles saíram para jantar porque quiseram, eles almoçavam juntos porque queriam, ele mudou um pouco sua rotina, e agora esperava por ela, e iam juntos para a E.E. e é claro, nenhum dos dois saia da cama do outro depois de transarem, eles simplesmente dormiam juntos no maior conforto e tranquilidade.

...

Em outro apartamento, por assim dizer, a trégua, já que agora estamos chamando assim, de um outro casal, já vinha funcionando, e muito bem, já haviam alguns meses. Mas é claro, eles sabiam que eram um casal, mas tirando situações isoladas, Sanem fazia questão de deixar claro que eles não eram namorados por assim dizer. Se portavam como tais, ela vivia na casa dele 24/7, mas seguia sem admitir, para si mesma, ou para os demais, que aquilo, de fato, era um namoro. Na cabeça de Sanem, se os dois não estivessem namorando, quando Can desse a sua mancada, que já era quase que uma certeza para Sanem, ela não sofreria tanto assim, porque os dois não eram namorados. Bom, ela só se esqueceu da parte que um namoro não é um rótulo, e sim, um compartilhamento de sentimentos, e isso meus amigos, eu garanto para vocês que ambos tinham de sobra.

Vas a QuedarteWo Geschichten leben. Entdecke jetzt