Capítulo 46

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"Se apagaron las estrellas que tú y yo encendimos"

Quando Eda saiu da E.E. ela se viu em uma rua, repleta de pessoas, mas se sentindo completamente sozinha, sem rumo.

Ela começou a caminhar, mas quando se viu quase no final da Oxford Street, ela parou, e começou a assimilar que, pelo menos naquele momento, ela não tinha mais nada, sequer um lugar para ir.

Eda bem pensou em voltar para a E.E, pegar seu carro, e dirigir sem rumo, mas ela tinha plena ciência de que não conseguiria sequer dirigir, por isso, ela simplesmente chamou um táxi, e saiu dali.

- Eu não sei o que aconteceu Mark, a Eda só me mandou pra cá, acabei de entrar no hospital, me espere na sua sala... Eu não quero saber se você tinha uma reunião, a voz dela não parecia boa. - Sanem entrava naquele hospital correndo, e ia direto para a sala de Mark, sequer se identificando na recepção. Acontece que após meia hora, onde Eda simplesmente pediu para que o motorista ficasse rodando com ela pela cidade, isso sem antes é claro, ela lhe pagar uma pequena fortuna, Eda, finalmente decidirá o que fazer.

- Merda. - Mark ralhou cansado, assim que entrou em sua sala, parecia que ele estava correndo. - Certo, ela ainda não chegou.

- Não. - Sanem comentou sentada do sofá, e vendo o estado do amigo.

- Oi. - Eda disse da porta, a cabeça baixa, os braços cruzados na frente do peito, e uma clara cara de choro.

- Hey, o que houve com você? - Mark, que ainda estava em pé, perguntou.

- Eu... - Mas ela não conseguiu terminar a frase, ela simplesmente chorou.

- Eda. - Sanem foi até ela, e a abraçou. - O que ele fez? - Ela não precisava de muito para entender que ela estava assim por conta de Serkan Bolat.

- Ele me mandou embora, disse que vai me dar o divórcio. - Ela respondeu ainda no abraço da amiga.

- Mas não era isso o que você sempre quis? - Mark perguntou, realmente desentendido, então, após um suspiro, até meio que derrotado de Sanem, ela levou Eda até o sofá.

- Ela se apaixonou por ele. - Sanem deduziu, e Eda chorou ainda mais.

- Certo... - Mark levou bem 2 segundos para entender aquilo, e só quando o fez, se sentou ao lado da amiga, e passou seu braço por volta dela. - Porque veio pra cá? E não pro ateliê? - Ele perguntou algum tempo depois, quando Eda já estava no 2º lenço, enxugando suas lágrimas.

- Porque pensei que talvez Can pudesse estar no ateliê... - Deu de ombros. - Não queria ver ninguém além de vocês.

- Quer contar o que houve? - Sanem perguntou.

- Ele me mandou embora. - Começou. - Me mandou embora ontem, daí disse que me queria, daí hoje, quando eu cheguei na empresa, ele estava se beijando com Margaux, e me mandou embora de novo... Simples assim.

- Como assim se beijando com a Margaux? - Sanem disse com uma raiva evidente na voz.

- Não Sanem, ele não está com ela, e esse é o problema. - Eda disse. - Ele só fez isso pra me mandar embora, eu tenho certeza, mas daí... Porque ele fez isso? Porque ele não me queria mais ao lado dele? - Perguntou, talvez a si mesma. - Eu to com mais raiva de mim por ter me apaixonado por ele, do que por ele ter me mandado embora em si. - Disse algum tempo depois. - Eu... Literalmente... Não tenho mais nada.

- Como assim? - Mark perguntou.

- Eu não posso voltar para a casa dele, mas também não sei se conseguiria ir para a minha, eu não tenho mais um carro que embora esteja no meu nome, foi ele quem pagou, minhas coisas estão na casa dele, Nina está lá, e ele, que não me quer lá, mas que conseguiu a grande proeza de me fazer me apaixonar por ele, também está lá, então, eu fico sem nada.

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