Capítulo 37

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Eleanor já estava a bem 1 semana na clinica, não estava sendo fácil, eram noites em claro, com uma clara abstinência, e ela sequer se lembrava a ultima vez em que realmente descansara, afinal, não conseguia acalmar seu corpo, que sentia falta das drogas que ela usava.

Nina estivera com ela duas vezes, mas Jasper... Não. Ele havia desistido, pensou ela. E de certa forma, sequer podia culpa-lo. Ela se considerava um peso morto, um atraso na vida de todos que estavam seguindo com suas vidas, por isso, também entenderia se a própria Nina desistisse dela.

Mas foi com certeza uma grande surpresa, quando na manhã de quarta, assim que ela acordou de um péssimo sono, o corpo suado e cansado, o enfermeiro responsável pelo andar, entrou em seu quarto, acompanhado de Jasper.

- Bom dia Eleanor. - O enfermeiro cumprimentou, mas seus olhos estavam fixos em Jasper, e ela sequer sabia se estava tendo alguma alucinação por conta da abstinência, ou se ele era real. - Esse é Jasper Frost, nosso novo interno.

- Muito prazer Srta. Eleanor. - Ele estendeu a mão para ela, que seguia paralisada, encarando-o. - Está tudo bem? - Perguntou se aproximando ainda mais dela.

- Muito prazer. - Disse baixinho, e ela havia entendido que ele não era uma miragem, que ele não a havia abandonado, e também que ela, claramente não podia demonstrar que o conhecia, caso o contrário, ele seria demitido.

- A Eleanor gostou de você Jasper. - O enfermeiro disse. - Ela não é simpática com ninguém. - Disse.

- Tente ser simpática com alguém enquanto está em abstinência. - Ralhou, ainda encarando Jasper.

- Certo. - O enfermeiro disse. - Vamos, ainda tenho mais pacientes para te apresentar.

Ele não queria, mas teve que sair, e deixou Eleanor ali, sozinha, mas sem estar sozinha, e pela primeira vez naquela semana e meia insuportável da qual ela tivera, ela sorriu. Ele não a havia deixado, ele a amava.

...

- Boa tarde. - Serkan disse quando entrou no elevador, voltando do almoço, e viu Eda.

- Oi. - Ela disse um pouco desanimada, e ele ficou aguardando que ela dissesse o motivo do seu desanimo.

- Eda...

- Tive minhas entrevistas hoje. - Contou.

- E não deram certo?

- Na verdade deram, até de mais, inclusive a The Guardian, que era a que eu queria. - Os dois chegaram no andar da Fundação, ela saiu, e ele foi atrás, acompanhando-a até a sala dela, que franziu o cenho.

- Que foi, quero que você continue contando. - Ele se explicou, se sentando em frente a mesa dela. - Se deu certo com a The Guardian, qual o problema.

- Deu certo quando eles leram meu sobrenome, meu novo sobrenome na verdade. - Ela contou.

- Bolat, claro. - Ele disse, e viu ela se largar na cadeira, claramente desanimada.

- Queria que eles me contratassem pelo meu trabalho, não pelo meu sobrenome. - Ela contou. - Eles tinham vários trabalhos meus, e não leram nem 2, me contrataram no primeiro minuto.

- Certo... - Ele parou um pouco encarando-a. - Você vai aceitar esse trabalho, e vai... - Ele coçou a testa antes de continuar. - Você pode utilizar seu nome de solteira quando for assinar suas matérias.

- O que? - Ela se endireitou surpresa.

- Isso vai me gerar um problema maior do que eu posso medir, mas... Você tem me ajudado mais do que eu tenho sido capaz de agradecer, então...

Vas a QuedarteWhere stories live. Discover now