Capítulo 57

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Quando Eda acordou no dia seguinte, sentindo o enjoo matinal, que já vinha sentindo a alguns dias, soube, pela primeira vez, a que aquilo se atribuía.

- Merda. - Disse saindo do banheiro, ela levava uma mão molhada a nuca.

- Bom dia. - Mark parou na porta do quarto dela. - Pensei ter escutado você, e vim saber se já estava acordada. - Disse.

- Acordada e enjoada. - Disse irritada.

- Eu cortei algumas frutas cítricas pra você, vai te ajudar. - Disse, e ambos desceram para a mesa de café da manhã.

- Não sei se consigo comer. - Disse pálida.

- Tente, é importante. - Mark pediu.

- Tudo bem. - Disse derrotada, se sentando.

- O que quer fazer hoje?

- Vou marcar uma consulta com a Lexie, e ver se está tudo bem com o bebê.

- Você quer... Que eu vá com você?

- Não precisa, obrigada Mark. - Disse, largando um pedaço de fruta de volta no prato. - Não, não consigo comer. - Decidiu se levantando.

Eda se arrumou, se despediu de Mark, e saiu. No fim das contas, ela estava extremamente assustada, ainda não sabia como, nem quando contaria aquilo para Serkan, mas o sentimento era inevitável, ela já amava aquele bebê.

...

- Certo, e o desfile da primavera... Certo, certo, eu quero fazer logo no inicio da estação, assim, somos um dos primeiros na concorrência. - Sanem andava pela cozinha de Can de um lado para o outro, ela usava um shorts de moletom, e um cropped, os cabelos presos em um coque frouxo. Em cima da mesa, várias pastas com seus desenhos, pedaços de pano, e uma cartela de lantejoulas, que já estavam todas espalhadas pelo chão.

- Bom... Dia. - Can apareceu ali só com uma bermuda, e de cenho franzido. Ele se serviu de café, e bem procurou uma cadeira para se sentar, mas todas estavam ocupadas pelas pastas de Sanem.

- Me ligue qualquer coisa... Até mais. - E ela desligou o celular se voltando para Can. - Bom dia. - Ela foi até ele e deu um selinho delicado nele.

- Onde posso sentar?

- Não pode. - Ela deu de ombros, procurando algo na mesa completamente bagunçada.

- Acho que precisamos montar um escritório para você aqui. - Ele disse, ignorando o que ela havia dito, colocando as pastas na mesa, e se sentando em uma cadeira.

- Se tivéssemos espaço, eu também acharia isso. - Ela disse concentrada.

- Bom, então vamos procurar um apartamento maior. - Deu de ombros.

- Juntos? - Ela parou o que estava fazendo, e se virou para ele.

- Tem alguma razão para procurarmos por um apartamento separados?

- Teria alguma razão para procurarmos juntos? - Ela perguntou de sobrancelha erguida.

- Te dou algumas. - Ele ofereceu a mão, e ela se sentou no colo dele. - Um escritório pra você, mais um quarto, de visitas, que daqui um tempo pode se tornar uma visita permanente, uma sala onde nós a decoremos juntos... Ai estão os seus motivos. - Disse, e ela o encarou um tanto quanto surpresa. - Você precisa de um anel para isso? - Perguntou sorrindo, ela estava séria agora. - Não se preocupe. - Ele se levantou e foi até o quarto. - Eu tenho um anel.

- Can, o que está fazendo? - Perguntou quando ele voltou do quarto, ela estava estática do lado da mesa de jantar.

- Correndo o risco de não ser mais obvio que isso Sanem... - Ele se ajoelhou. - Estou te pedindo em casamento. - Disse abrindo a pequena caixinha de veludo. - Eu pensei em fazer esse pedido de 1000 maneiras, só que nenhuma delas combinava com você, e com a praticidade com a qual você ama. Eu amo isso em você, amo tudo, e quero poder amar pelo resto da vida... Você aceita se casar comigo? - E 2 lagrimas cairam pelo rosto dela.

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