Capítulo 3

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– É o que? – Perguntou exasperado.

– Você ouviu ela, estamos noivos. – Serkan respondeu indo para o lado de Eda, abraçando-a pela cintura, e trazendo-a para perto de si.

– Como assim Eda, você nunca disse que estava namorando alguém, e agora aparece noiva? Diz a verdade pra mim? - Pediu desconfiado. Eda e Ian, desde o primeiro semestre de faculdade sempre foram muito próximos, provavelmente os mais próximos daquele grupo de amigos que haviam feito na faculdade. Ian também já era mais velho, ele havia feito engenharia antes, e inclusive chegou a trabalhar em uma empresa após a faculdade, mas, após poucos anos de formado, ele decidiu por voltar a faculdade, e cursar o que sempre quis cursar, mas que nunca teve apoio para. Em meio a isso, ambos bem se conheceram, se tornaram amigos, e a certo ponto, chegaram a se envolver a alguns meses atrás. Mas para Eda sempre fora isso, um envolvimento com um amigo, que depois, voltou ao seu posto de amigo, bom, para Ian...

– Ela não disse porque queríamos manter segredo, e eu não queria os paparazzis em cima da minha namorada, eu prezo muito pela privacidade dela. - Serkan respondeu tão convincente como se aquilo realmente fosse verdade.

- Eu perguntei a el...

- Ian... É verdade. - Eda confirmou, tentando ao máximo transparecer confiança em suas palavras.

- Tá, mas e aquela noticia que saiu, ele deixou você e o seu pai desamparados no corredor do hotel Eda. - Ian comentou, se lembrando do que havia lido.

- Fofoca. - Ela respondeu direta.

– Tudo bem, eu... Você vai estar bem? - Ela assentiu. - Eu preciso ir. – Respondeu claramente decepcionado, mas, com uma ponta de desconfiança.

Assim que Ian saiu, um silêncio pesado tomou conta da sala, até que Serkan resolveu falar.

– Você tomou a decisão certa, ele era um dos que ia se prejudicar, e muito.

– Eu não tomei decisão nenhuma, não foi me dada escolha. – Respondeu, se pondo ao lado do pai novamente, acariciando seu rosto, e a lagrima que até então estava presa, escorreu pelo rosto dela.

– Provavelmente vai ter uma grande quantidade de repórteres do lado de fora desse hospital, irei responder a eles com a verdade. – Falou cínico, e Eda revirou os olhos. – Procure evita-los, mas se eles te abordarem em algum lugar, apenas responda que você é minha noiva, e seu pai já sofria de ataques do coração, tendo um na hora exata em que nos encontrou, eu sai para buscar ajuda, e após consegui-la, você me mandou para a empresa por não querer que ninguém nos visse juntos, estamos de acordo? – Ela assentiu com a cabeça. – Explique isso ao seu pai quando ele acordar, não queremos que ele estrague as coisas, e eu vou providenciar a transferência dele para o St. Mary, não queremos ele nesse hospital não é mesmo? - Perguntou desinteressado, no entanto, aquele era um hospital publico.

– Como quiser. – Respondeu seca.

Serkan saiu do quarto sem se despedir ou dizer absolutamente nada, e ao sair do hospital, dito e feito, estava lotado de repórters.

– Senhor Serkan, pode nos dar a sua versão? – Perguntaram diversos repórteres enchendo o outro de microfones, celulares e gravadores na cara.

– Bom, o que aconteceu foi que o fotógrafo provavelmente foi mandado lá por alguma das empresas concorrentes a Empire, não posso culpa-las, somos uma fortaleza. Mas ele obviamente distorceu a história. – Respondeu calmo e convincente.

– Pode nos dizer como aconteceram as coisas?

– Eda é minha noiva. - E quanto aquelas palavras, o emaranhado de perguntas se tornou ainda maior. - Nós estávamos comemorando que na noite anterior às fotos, eu a havia pedido em casamento. - Explicou. - O pai dela sempre teve um problema cardíaco, infelizmente, passando mal no lugar errado e na hora errada, afinal, era um momento de comemoração. Eu sai a procura de ajuda, não fui embora como dizem que fui.

Vas a QuedarteWhere stories live. Discover now