Ela veio vestida de segurança aquela noite, e antes que eu pudesse se quer tomar iniciativa de me explicar, ela esticou seu dedo curto, como numa despedida, e foi.
Ela jamais havia falado daquela maneira, ela gritava com elegância, todo seu corpo balançava, podia sentir o cheiro do seu cabelo balançando. Eu encolhia enquanto ela crescia aos meus olhos, eu não era capaz de me mover, a gravidade tinha um peso enorme sob meus ombros naquele momento.
Ela me rodeou, sua voz ecoava por toda a sala, todos perplexos sem reação...
Suas verdades penetravam minha pele como espinhos.
E da mesma maneira que ela adentrou aquela sala, como um grande furacão ela se foi...
Já na saída, ela disse:
- ahh furei o seu pneu!
Marcone Ricardo Pereira
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Vozes da alma
PoesíaSussurros de uma mente perturbada, gritos de um espírito perdido e cicatrizes de um coração vivido.
