Fuck that fuck

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Eu sempre quis viver fora das telas, viver algo real e imprevisto. E foi num dia frio de julgamento. Que vi no outro o sentido de ser livre.
Lembro do primeiro dia em que gigante, marrento e bem seguro ele chegou.
E eu tão pequenino que distante nem onde por os braços acertou.
Ali eu conheci alguém que maduro, vivido e experiente se mostrou, mas via na sua alma uma criança pura, vestida de azul sorria ao meu aceno.
Além de tudo isso era interessante, eu que me achava um mar de sentimento, me afogando lentamente num copo raso, nem oferecido.

E nessa viagem eu fui, sem apertar os cintos pra me permitir viver a intensidade do seu ser, as turbulências machucam, as turbulências machucaram!
Mas eu sinto tudo, e a cada calmaria vale a pena, cada momento de zelo, somos pai e mãe, somos azul bebê e vinho...

Eu já pensei em abandonar tudo, e voltar pra minha zona de conforto, mas qual a graça de viver num mundo sem tomar conhecimento do mesmo? Qual a graça de viver sem ter afeto? Qual a graça de não sentir?
E enquanto ele dormia, olhei bem no seu rosto, e lhe prometi que enquanto ao seu lado eu tiver espaço, ele nunca estará sozinho. Nunca!

Marcone Ricardo Pereira

Vozes da alma Where stories live. Discover now