Santuário

12 1 0
                                    

Certo dia estava passeando, meio sem rumo, mata a dentro!
Queria fugir de mim, queria sumir por um tempo, o barulho do meu pé no chão me incomodava, minha respiração me incomodava, minha circulação sanguínea me incomodava...
Eu precisava acabar com tudo aquilo naquele momento.
A felicidade me abandonou, eu já nem sei quem sou, por fim encontrei uma velha árvore, gigante como um prédio. Ali estava ela, seu tronco rústico e retorcido dava um ar fantasmagórico á minha agonia.
Tudo pronto, amarro a corda, estava decida, seria o meu fim. De repente a chuva cai, calando meu pranto, eu já não escutava mais nada. Passos, respiração, circulação tudo cessou, passando a vez pra chuva, que calou meu pranto...
E o meu corpo, foi tomado por uma imensa sensação de paz. Não sei se a chuva ou o abraço apertado daquela árvore me salvou. Mas sei que aquele lugar perdeu completamente quaisquer que sejam os seus significados, pra ser meu santuário, onde a presença viva do Deus supremo resplandece em mim!

Marcone Ricardo Pereira

Vozes da alma Where stories live. Discover now