Recaída

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Recaída, é assim que se chama né, meu corpo desperta na escuridão outra vez, inclusive até o borrão é preto e branco. Tudo perde a cor, o que era teu, hoje escorre pelas mãos. O dono do ouro vira pó.
Pessoas não são objetos, pare!
Não se tapa buracos com pessoas.
Essas relações de hoje em dia são fantasmagóricas, em que cada indivíduo suga o que é conveniente do parceiro e assim vai, suga, suga, suga e descarta.
Sabe Maria, não quero plateia.
Me contento com Mateus, com João e Pedro. Sabe Fernando, só não me impeça de escrever o que vivo.
E novamente, me permito sofrer só mais um pouquinho.
Mas é somente um pouquinho... já chega...
Pare de sufocar meus gritos, já chega...
Acabou.
Pare de me usar, isto é uma ordem, há algum tempo fui usado, foi bom mas acabou...
Acabou!

Marcone Ricardo Pereira

Vozes da alma Where stories live. Discover now