Cautela

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Dick corria pela rua, sendo seguido por uma exausta Kate que não via o momento de entender por que corria tanto, sem nem ter terminado seu café da manhã direito.

- Posso saber a razão dessa pressa toda Dick? E espero que seja um bom motivo, porque eu estava com fome! E eu nem terminei de comer o café da manhã grãofino do seu mordomo.

- Eu descobri. Agora tudo faz sentido! Eu estava observando todo o evento como um crime arquitetado por uma pessoa, na verdade tivemos mais de um evento no barco.

- Peraí cabeção, como assim?

- O Coringa estava no barco para matar as três mulheres que você viu, o que completou a lista de doze mulheres que estavam relacionadas à votação municipal sobre a criação do centro de assistência da mulher. O local escolhido acabou revelando o esconderijo dele, e você sabe que o Coringa não deixa uma vingança pra lá. Ele usou o Duas-Caras e a Arlequina como distrações.

- Mas o que isso tem a ver com o sumiço do barco?

- É aí que está. O Coringa entrou no barco para pegar as mulheres. Mas ele nunca sequestrou pessoas em massa assim, isso não é do feitio dele. Então, o que eu pensei foi que outra pessoa deveria ter feito isso.

- Dois super vilões num mesmo navio, isso é Gotham! - Disse Kate nervosa.

- A questão é: quem é o bandido que teria interesse em sequestrar pessoas nessa quantidade sem pedir resgate ou algo em troca? Para que simular uma explosão e fingir a morte de todos para que não fossem procurados?

Kate continuava sem ligar os pontos, foi quando Dick encerrou o suspense.

- O mestre dos bonecos fugiu de Arkham há dois meses, provavelmente está com seu estoque de humanos e partes humanas baixo para os seus experimentos bizarros.

- Isso faz todo o sentido Dick!

- Destruir o barco faria com que ninguém procurasse pelas vítimas que ele deve ter deixado num sistema de engorda e estoque, que nem da última vez...

Kate estava impressionada com Dick, que prosseguiu.

- O Mestre dos Bonecos só não contava com Coringa no barco... Os corpos na pedra com a marca do Coringa acabaram deixando uma ponta solta.

Kate, então, disse com convicção.

- Então vamos pegá-lo agora, Dick! Como o achamos? Alguma ideia do lugar onde ele está?

Dick suspirou.

- Precisamos parar para eu acessar o sistema do Bruce pelo meu computador.

Foi quando se sentaram no banco da praça e o celular de Kate tocou.

- Kate?

- Vo-vovô? Tudo bem com você?

- Onde você está? - Perguntou sério.

- Eu estou com o Dick, vou com ele para a escola dele.

- Hum. Apenas checando. Você sabe que não quero você zanzando por aí se metendo em confusão.

- Vovô, eu sou seu anjinho, se lembra?

- Sei... É sério Kate, não pense que porque deixei você passar um tempo com sua tia que vou tirar meus olhos de você.

- Eu sei vovô, não se preocupe, estou só matando o tempo nessa cidade do tédio.

- Ok princesa, te amo.

- Amo você também vovô.

Eles logo desligaram, Dick olhou com um leve sorriso para a garota.

- Parece que alguém é a menininha do vovô Gordon.

Meu Menino ProdígioDove le storie prendono vita. Scoprilo ora