Desencontro

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Batleitores queridos, como vão vocês? Vocês perceberam que peguei o ritmo de escrita, mas obviamente, com o início da saga Jason, eu precisei quase que recomeçar uma (nova) narrativa.

Minhas histórias têm um tom de caos completo que vai se instaurando, em geral por trabalhados do spankee (nesse caso era o dick, nas outras o hyoga, e por aí vai). A história está meio parada porque ainda estou ambientando um novo personagem.

Pensei muitas vezes em fazer uma nova spankfic, mas a história realmente será totalmente relacionada com essa. Decidi que todos os Robins virão na mesma - será um livro essa fic kkkkk

Bom, é isso. Obrigada por voltarem, por seguirem acompanhando, lendo, curtindo, votando e, principalmente, comentando. Só peço alguma paciência pra eu ambientar a situação (nem eu decidi ainda tudo kkkkk)

Beijos da titia

A semana seguiu com Dick aparentemente indignado, Alfred seguia nervoso e Bruce com os pensamentos em outro lugar. Na verdade, o clima estava tão irritante na casa que Bruce tentava ficar fora o máximo possível.

Isso, apesar de aliviar o clima pra si próprio, tornava cada retorno mais exaustivo. Era o que ele pensava nos segundos antes de abrir a porta da sala, já escutando a gritaria.

- Você não tem direito!

- Richard, você está implorando por limites.

Bruce numa rápida passada de olho percebeu o rosto de Dick vermelho na lateral, o que mostrava um tapa que havia levado na face de Alfred que segurava um relho. Bruce estremeceu ao ver que aquela porcaria dolorosa ainda existia.

- Bruce, ele está fora de si!

Bruce passou por ambos, ignorando a situação e desceu para a batcaverna. Chegando em seu computador, ele colocou os fones de ouvido e ligou música clássica.

Em menos de dois minutos de paz, ambos estavam ao seu lado, falando ao mesmo tempo, querendo pontuar sua posição. Em meio a muitas coisas que eram ditas, a fala de Alfred lhe chamou a atenção.

- Ele é um tirano, acha que pode me obrigar a limpar a casa.

- Pelo o que me recordo, fazia parte do seu castigo não procurar por criminosos e limpar a casa. E você não está cumprindo qualquer das partes.

Foi quando Bruce tirou os fones e encarou Richard:

- Você está procurando criminosos?!

- Não Bruce, eu não estou saindo de casa, afinal, você deixou claro que me enxerga como um garotinho de quatro anos. Estou apenas pesquisando para quando seu surto passar e eu puder sair.

Bruce se levantou encarando o pupilo.

- Eu fui claro, sem mexer com ABSOLUTAMENTE NADA relacionado a crimes!

- Mas Bruce...

- Não tem "mas" Richard, a regra foi clara. Você acaba de ganhar mais uma semana de castigo com o Alfred, espero que aproveite.

- NÃO! Eu não vou aguentar ele brigando comigo o dia inteiro por mais uma semana!

- Devia ter pensado nisso antes de desrespeitar o que eu determinei. Eu quero que você pare e reflita sobre tudo que fez e vem fazendo, você não tem sido um parceiro, Robin.

Dick ouviu aquilo e ficou furioso, apesar de internamente confessar que vinha pensando mais em suas demandas e casos, achava Bruce um mal agradecido.

- Eu não tenho sido um parceiro? Eu dou duro de dia e de noite tentando fazer o que você não faz! Eu otimizei todos os sistemas da batcaverna, eu criei um sistema de localização de cruzamento de informações muito mais eficiente, eu me dedico dia e noite a fazer o que você não faz porque fica zanzando por aí com a Selina, com a Bárbara, em festinhas, tomando chazinho com o Gordon, trabalhando numa empresa de almofadinha... Enquanto eu me mato aqui para prender criminosos e descobrir quem matou meus pais!

Robin esbravejou perdendo a linha, gritando com o rosto vermelho e o dedo em riste. Bruce se viu obrigado a levantar da cadeira e adotar uma postura mais alfa, mostrando o quanto era maior que Richard.

- Abaixe esse tom, Richard, eu estou falando sério.

O cenho de Bruce estava franzido, o maxilar travado. Ele estava prestes a perder a cabeça, e dessa vez Richard estava sem nenhum sinal de que cederia.

Foi quando Bruce apenas esticou o braço e arrancou o relho das mãos de Alfred, passando a segurá-lo como alerta.

- Não pense que você me assusta, Bruce. Não sou mais um garotinho que você recolheu no circo.

- Você tem razão Richard, você anda muito pior do que o garotinho que eu acolhi há anos atrás.

- Aí que você se engana, Bruce. Eu não sou mais um garoto desde que andei pelo sangue derramado no chão daquele picadeiro aquele dia.

- Ah, Richard... Não venha jogar a carta do órfão comigo. Eu conheço bem esse jogo.

Apesar de Bruce ser mais largo e corpulento que Richard, o menor era alto e forte o bastante para encarar Bruce de modo que seus narizes quase se tocassem.

Richard começou a bradar apontando o dedo no rosto de Bruce:

- Para quem conhece a carta tão bem, deveria ter mais empatia com quem busca os assassinos dos pais. Ou melhor, deveria ser homem de verdade para cumprir a porra da própria palavra e cumprir o que prometeu quando eu era criança e ter pego esses filhos da puta!

Foi quando Richard empurrou Bruce com força, sua raiva contida já não podia mais ser segurada por nada. Bruce sentiu o empurrão e soltou o relho, segurando o menor pelo colarinho o sacudiu.

- Você pensa que está falando com quem, seu fedelho?

- Com um riquinho de merda que me adotou por capricho e não cumpre a própria palavra! Você quem saber Bruce? Você quer saber mesmo? Eu tenho pena de você! Da sua vida patética, do seu...

Foi quando Richard sentiu um forte tapa no rosto, que quase o deixa zonzo. Mal levou a mão até o rosto, fechou o punho e acertou o rosto do protetor com um soco.

Alfred prendeu o ar, Bruce não se defendeu, pois jamais esperaria algo assim. Ele ficou parado, tentou se segurar porque se revidasse eles começariam a lutar e aquilo era ridículo para ele.

- Quer saber Bruce, eu vou embora daqui. Eu cansei dessa prisão que vocês tentam me manter e sei que vocês cansaram de mim também.

Disse Richard nervoso, gritando e subindo as escadas seguido por Alfred e Bruce.

- Creio que precisamos todos acalmar os ânimos.

- Não Alfred, vocês precisam parar de querer me controlar! Chega, eu vou viver minha vida!

- "Viver sua vida" com dezenove anos como? Com o dinheiro sujo da minha empresa?

Bruce estava bravo, nervoso e obviamente falava com sarcasmo escorrendo pela boca.

- Não Bruce, você sobreviveu com dinheiro de herança. Eu vou trabalhar, não preciso de ninguém pagando minha comida não.

- Acontece que eu paguei sua comida é seu teto RICHARD! POR TODO ESSE TEMPO!

O garoto subiu e desceu com uma mochila.

- Me manda a conta depois que eu devolvo cada centavo, não quero nada seu!

- Richard, pense com...

A fala de Bruce foi cortada pela porta de entrada batendo em sua cara enquanto andava atrás do pupilo.

A chuva da noite caia fortemente sobre a casa e os barulhos dos trovões sonorizavam a revolta do homem-morcego.

Meu Menino ProdígioWhere stories live. Discover now