Vinte e três - Parte II (+18)

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O azul e o castanho estavam imersos um no outro num magnetismo aterrador, e Bel se assustou ao constatar que não havia nada que não quisesse. Como se pudesse ouvi-la por telepatia, Daniela arrastou o nariz por seu rosto, e se divertiu ao observar uma trilha de arrepios e espalhar pelas clavículas descobertas da loira.

— Eu... eu... — gaguejou Isabel, fechando os olhos quando sentiu a respiração de Daniela contra sua pele — Nós vamos... vamos conversar...certo?

Dani mordiscou a parte da mandíbula logo abaixo da orelha de Isabel, que respondeu com um espasmo. Em seguida, escorregou os lábios até o ouvido da garota.

— Quer conversar? — sussurrou, enquanto suas mãos escorregavam para dentro da blusa branca e apertavam os quadris de leve — Pode falar.

Sem esperar resposta, Daniela mordeu o lóbulo da orelha de Isabel e desceu pelo pescoço, distribuindo beijos e mordidas em um ritmo torturante. Quando a morena fincou os dentes com um pouco mais de força, Isabel sentiu um gemido baixo escapar de sua garganta.

Satisfeita com o que ouviu, Dani usou a mão direita para segurar o queixo dela e encará-la por um instante, contemplando sua beleza. Então, a beijou lentamente, usando a língua para traçar rotas inimagináveis por sua boca com uma paciência invejável. Seus dedos escorregaram para a nuca de Isabel e subiram devagar, até se emaranharem aos fios claros.

Foi Bel quem acelerou o ritmo do beijo, pouco antes de começar a rebolar e pressionar seus quadris contra os da soldadera sem nem perceber. Passaram a alternar os beijos com mordidas e lambidas nos lábios. Dani a prensou com mais força contra a árvore e escorregou sua mão esquerda até um dos seios de Isabel, que começou a massagear com vontade. Quando a loira passou a gemer em sua boca, prendeu o mamilo entre o indicador e o dedo médio sem parar a massagem, aumentando o ritmo e a força dos movimentos.

— Ah, para o inferno com isso. — grunhiu Isabel, entrelaçando a cintura de Daniela com as pernas e maltratando a boca dela com um beijo faminto.

O movimento brusco estourou parte da costura da saia de Bel, e Dani aproveitou para subir a peça até as coxas dela e apoiá-la com firmeza pelas nádegas para que não perdessem o equilíbrio.

Isabel parecia em transe. Rebolava e se esfregava nela freneticamente, sem parar de beijá-la. Daniela, por sua vez, começou a se abaixar lentamente,deslizando o corpo da mulher à sua frente pelo tronco até deixá-la sentada no chão.

Dani a observou por um segundo, para se certificar que realmente estava tudo bem. Os cabelos de Bel estavam bagunçados, quase eletrificados, e uma escuridão nova e esfomeada tomou conta de seus olhos. Seu rosto tinha assumido um ar ávido e selvagem. Ela mordeu os lábios, em um misto de provocação e ansiedade.

Daniela fez menção de tirar a blusa de Isabel, que cooperou erguendo os braços em tempo recorde. Se livraram do sutiã numa fração de segundo. A morena inclinou seu rosto na direção de um dos seios dela e passou a circular o mamilo com a ponta da língua, enquanto massageava o outro seio. Ao mesmo tempo, usando a mão livre, abriu caminho entre as coxas de Bel e começou a friccionar a região do clitóris por cima da calcinha.

Aos poucos, Dani passou a lamber e a chupar os seios em movimentos leves e rápidos, alternando de um para o outro, sentindo as mãos de Isabel a empurrarem entre eles de tempos em tempos. Os dedos entre as pernas aumentaram a velocidade das esfregadas à medida que a loira rebolava cada vez mais rápido e forte para aumentar as sensações.

Daniela se divertiu quando sentiu a mulher que amava tremer de leve, arquear os quadris e entreabrir os lábios, enquanto o clitóris pulsava incontrolavelmente sob sua mão. Ainda nem tinha começado o que sabia fazer de melhor.

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