62. Chamada de vídeo

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— Procede ou não? — Jimin perguntou mais uma vez.

Sim — confirmou. — Eu te contei, não é?

— Se contou, eu esqueci — Jimin bebeu um pouco do refrigerante. — É comum esquecer.

Park Jimin, eu já te disse que eu só sei o que é rosa e girassol, o resto para mim é flor — Jungkook se defendeu, pois ele sabia que não estava fazendo nada de errado ter tirado vantagem de um amigo que sabia dessas coisas, apenas para conquistar alguém. — Como eu ia comprar sozinho as flores que significam felicidade, paixão e desejo? O pai do Yugyeom trabalha com isso, ele sabia bem até demais dessas coisas. Eu pedi ajuda, pois eu não queria mandar uma flor que significasse "tomara que você morra amanhã" e, por mim, eu escolheria um cacto e mandaria jogar na sua cara para ver o quanto doía você me dizer não.

— Entendi.

Quem te contou? — perguntou, ainda curioso.

— Uma pessoa aí — Jimin mexeu os ombros.

Uma pessoa quem? — o Jeon ficou ainda mais instigado a saber quem era. — Você andou vendo o Yugyeom?

— Vi ele, sim — o moreno não negou nada para o seu namorado.

Ah, é?

— Aham — balançou a cabeça de forma fofa.

O que vocês estavam fazendo juntos? Ele foi te procurar?

— Nós nos encontramos na prisão... — comentou sentindo medo.

O quê? — Jungkook ficou confuso.

— Não me xinga, primeiramente! — falou quase que um desespero. — Só que o Jaebom está preso e ele teve um bebê, então chamaram os últimos parceiros dele para fazer teste de DNA e eu não sou o pai! Fica calmo!

É o Yugyeom, então? — Jungkook fez uma cara de decepção em pensar em seu amigo tendo um filho com aquele demônio.

— Também não — respondeu, terminando de comer. — O pai estava com a gente, porém ele não quis assumir o bebê e foi embora.

Que pena da criança — o coração de Jungkook apertou naquela hora, pois estava muito sensível apenas de pensar em um bebê ser rejeitado pelo pai.

— Eu também fiquei, só que eu não vou ser falso moralista e falar que eu gostaria de pegar para mim — Jimin falou baixo, porque parecia um crime ele dizer que não teve, em nenhum momento, cogitado a ideia de criar aquela criança inocente. — Eu não tive nenhuma vontade, mas eu espero que ele consiga uma família no futuro, e seja muito bem cuidado.

Por que não dão para os avós?

— Também não sei, só sei que Jaebom não quer a criança — o Park suspirou. — Ah, pena da criança que não merece os pais que tem. Todo dia, eu vou pedir para os Céus que um casal maravilhoso adote esse bebê, e ele cresça com o amor que merece.

É... Mas tudo tem um propósito — eles riram, aliviando a tensão daquela conversa. — E nosso propósito é focarmos nos nossos próprios bebezinhos.

— Concordo plenamente com isso — Jimin voltou a ficar com os olhinhos brilhando. — Como eles estão?

Tudo da mesma forma. O Yeojoon é um poço de carência que só quer ficar no colo, nem precisar ser o meu, só precisa ser um colo. E a Sunhee continua sendo ciumenta e a gente briga todo dia, pois ela não para de morder meu peito e se eu brigo, ela morde mais forte.

Entre Girassóis & Tintas: Golden Tokyo (ABO) • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora