CAPÍTULO 42

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APOLO


Com o passar das semanas, Ginger conseguiu ir se adaptando bem a nós e a nossa rotina. No dia seguinte, após conversarmos com o nosso advogado, o mesmo finalizou o processo de divórcio e entrou com o processo de adoção e com o da guarda provisória da nossa nova filha.

Ficamos com medo de não conseguirmos a guarda provisória logo e da Gi ter que ficar em um abrigo ou orfanato até que obtivéssemos a guarda dela, mas graças a Deus temos um excelente profissional trabalhando do nosso lado.

O Dr. Sender conseguiu, por meio de brechas jurídicas, fazer com que Ginger ficasse conosco, como lar temporário, até a decisão da juíza sobre a guarda provisória, que ocorreria dentro de uma semana.

O mesmo alegou que a menina estava em condição de risco de vida e que pela nossa situação financeira muito boa, poderíamos dar um nível maior de proteção a ela do que se a mesma fosse para um orfanato ou um abrigo. Dentro dessa mesma semana, todos nós passamos por entrevistas com uma psicóloga e um psiquiatra para sermos avaliados.

Uma pessoa responsável pelo Juizado da Infância e da Juventude também veio em nossa casa para inspecionar que tipo de acomodações estávamos dando para a Gi.

Pela expressão da senhora, a mesma saiu satisfeita com o quarto que tínhamos montado, às pressas, e nos informou que precisaríamos fazer um curso de preparação psicossocial e jurídica, de duração de duas semanas, para que o mesmo fosse anexado ao processo de adoção.

Em meio ao curso, ocorreu a audiência com a juíza que decidiu que poderíamos ficar como pais provisórios da Ginger durante os dois meses em que ia se estender o processo de adoção, até que finalmente fosse feito uma nova audiência para a guarda definitiva.

Mesmo preocupados com a possibilidade de recebermos uma negativa para a adoção da nossa nova filha, devido ela ter o irmão como parente vivo, mesmo ele estando preso e sendo uma pessoa de má índole, deixamos de lado essa preocupação e estamos curtindo o chá de bebê da Thea.

O tema da festa era Arco-Íris e Unicórnios, e nós quatro estávamos vestindo roupas com cores que combinavam tanto com a decoração do salão de festa do clube de golfe, que a minha sogra era associada, quanto com o bolo da festa.

Eu me encontrava de terno azul claro, já Theodora estava linda com um vestido com todas as cores do arco-íris, Jacob vestia um terno lilás claro e Ginger usava um vestidinho juvenil da mesma cor do meu terno.

Devido ter tido brigas passadas entre nós três com relação ao nome que iríamos dar para a nossa princesinha, deixamos que os convidados escolhessem. Junto com o convite, foi um card com as três opções de nomes para que eles votassem, trouxessem no dia da festa e colocarem na urna rosa, que ficaria na entrada do salão.

Já sobre a decoração do quarto da neném, acabamos decidindo na semana passada, que compraríamos um bercinho no estilo moisés e colocaríamos em nosso quarto, pois o de hóspede, que inicialmente foi da Thea e que iria ser da nossa princesa, passou a ser o quarto da Gi.

— E chegou a hora de sabermos qual será o nome dessa princesinha que irá nascer logo – falei ao microfone, sorrindo, com a mão repousada sobre a barriga da Theodora, que estava em pé ao meu lado, então olhei para Jacob, que se encontrava com a urna em mãos – Faça as honras, querido.

— Me ajuda, filha? – ele indagou, se virando para Ginger, que assentiu, dando um sorriso.

Jacob, assim que conseguimos a guarda provisória, passou a chamar a Gi de "filha", e isso logo se estendeu a mim e até a Thea a chamava assim também, na maioria das vezes. Assim que eles terminaram de fazer a contagem dos votos, Jacob se aproximou e me entregou o resultado.

Um Jeito Estranho de Amar + Cenas Inéditas + Conto ExtraWhere stories live. Discover now