CAPÍTULO 15

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JACOB


— Tudo bem. Eu salvei os nossos números na agenda do seu celular então qualquer coisa, me liga. Se eu não atender pode ligar para o Apolo.

— Duvido que ele me atenda, mas tudo bem.

— É claro que o Apolo atende, Thea. Vai estar como número desconhecido então ele vai ter que atender para saber quem é.

— Ok.

— Se cuida – falei e me aproximei dela, segurando seu rosto entre minhas mãos e beijando sua testa, então me afastei e virei para ir embora, mas parei quando ela segurou no meu pulso fazendo-me encará-la novamente – O que foi?

Ela não respondeu, apenas levou minha mão até sua barriga, levantando a blusa e repousando-a no lado direito, próxima ao seu umbigo.

— Isso é o bebê mexendo? – Theodora perguntou meio confusa então logo senti um sutil momento sob a palma da minha mão e a encarei sorrindo muito emocionado.

— Sim. É ela.

"Como eu queria que o Apolo estivesse aqui para sentir a nossa filhinha mexendo" pensei um pouco triste.

— É meio estranho. Pensei que fosse peido preso.

Não me aguentei e dei uma gargalhada, rindo dela.

— Aí, Thea – falei conseguindo parar de rir segundos depois – Tadinha da minha princesinha.

— Ué, eu nunca engravidei antes então não consigo diferenciar os movimentos de um neném com movimentos de gases de um peido – ela disse dando de ombros e completou olhando para baixo, acariciando sua barriga – Desculpe aí, bebê, por te chamar de peido, mas não tenho culpa não.

Ri novamente, balançando a cabeça e me ajoelhei na frente dela, aproximando minha boca do volume.

— Oi, princesinha. Aqui é o seu papai...

— Tem que dizer qual pai é, já que ela vai ter dois, né? – ressaltou Thea me interrompendo e rolando os olhos, fazendo-me sorrir.

— Aqui é o seu papai Jacob. Em breve você vai escutar a voz do seu outro papai que se chama Apolo...

— Duvido.

Rolei os olhos.

— Você já é muito amada aqui fora, meu amor. Seus papais te amam muito, princesa – murmurei emocionado ao ponto de chorar, mas consegui me controlar e depositei um beijo onde antes eu a tinha sentido mexer então me levantei, notando que a Theodora estava limpando o rosto.

— Não estou chorando não. Foi um cisco que caiu aqui – ela disse rapidamente.

— Está dizendo. Até a noite, sua chorona – falei apertando a ponta do seu nariz, fazendo Thea rir.

— Tchau, seu chato. E bom trabalho para você – Theodora desejou-me, dando um beijo na minha bochecha antes de eu ir embora.




APOLO


Meu dia foi corrido e eu agradeci muito por isso ter acontecido, porque não me deu tempo para pensar sobre o ocorrido daquela manhã, porém quando, após fechar meu estúdio de fotografia e pegar o carro para voltar para casa, eu vi a mancha de sorvete que ainda permanecia ali no banco do passageiro e as lembranças voltaram com tudo.

Um Jeito Estranho de Amar + Cenas Inéditas + Conto ExtraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora