CAPÍTULO 34

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THEODORA


— Espera. O que está fazendo? – Apolo inquiriu, desvencilhando nossas bocas e me encarando com um semblante meio assustado.

— Só cala a boca e curte o momento – murmurei, já selando nossos lábios novamente, porém ele me empurrou para o lado, afastando-me de seu corpo e saiu da cama – Mozão, por favor. Eu estou muito carente. Preciso fazer sexo – falei, engatinhando até perto onde Apolo se encontrava em pé, porém ele deu um passo para trás.

— Isso já foi longe demais – Apolo comentou, passando a mão pelo cabelo, um pouco nervoso, eu diria.

Ele então se afastou e abriu a porta que dava acesso à varanda. Da cama, pude ver o mesmo se recostar no parapeito de vidro e se curvar um pouco, provavelmente repousando a cabeça sobre os braços. Tomei uma atitude e me levantei da cama, indo até Apolo, tocando em sua costa.

Meu toque o fez aprumar seu corpo, então me recostei a ele, beijando sua costa, pertinho da sua nuca, enquanto minhas mãos acariciavam seus braços.

— Vou esperar até o Ursinho chegar, para vocês dois matarem o meu tesão, juntos. E me desculpe... por te pressionar a fazer uma coisa que você não quer.

— Mas eu quero – escutei ele dizer, me surpreendendo inesperadamente.

Apolo então se virou, ficando de frente para mim, ainda recostado no parapeito. E segurando minha cintura, levou meu corpo para perto do seu, colando-me a ele e me fazendo sentir seu pau um pouquinho duro sob o fino pano da cueca.

— Você quer... transar comigo? – o questionei, em meio a um gemido contido.

— Sim, eu quero. Se fugi foi porque eu tenho medo – Apolo disse tocando no meu rosto com as pontas dos seus dedos, afastando e colocando em seguida uma mecha de cabelo atrás da minha orelha – Tenho medo de não ser bom o suficiente, igual ao Ursinho, porque ele tem experiência com mulheres, já que o mesmo transava com a minha irmã.

— Mas você é bom, Mozão.

— Não em transar sozinho com uma mulher – ele murmurou, baixando o olhar.

— Ei? – falei, segurando seu rosto entre minhas mãos, fazendo o mesmo me encarar – Você é muito bom nisso, só não sabe ainda, mas eu vou te mostrar.

Mal terminei a frase e já o beijei tão intensamente quanto pude. Apolo logo se desencostou do parapeito e me abraçou um pouco mais forte, pressionando-me contra seu corpo, com cuidado.

Quando nos afastamos, segundos depois, ambos ofegantes, eu não demorei muito para procurar seus lábios novamente à medida que sentia ele enfiar suas mãos em meu cabelo, fazendo depois um carinho gostoso em minha nuca, que me arrepiou toda, deixando meus mamilos rígidos de tesão.

Em um movimento, Apolo se abaixou um pouco, segurando minhas nádegas e me pegou no colo, fazendo com que eu o rodeasse com as pernas.

— Será que estou machucando nossa filha? – ele indagou com uma expressão preocupada, olhando para minha barriga, que se encontrava um pouco pressionada a ele.

— Ela deve estar bem protegida aqui dentro, amor. Posso continuar te chamando de "Amor" ou você quer que eu te chame de "Mozão"? – o questionei enquanto Apolo nos conduzia para dentro do quarto.

— Pode me chamar do jeito que você quiser – ele respondeu, se sentando na cama, comigo ainda atrelada ao seu corpo.

— De "Amor" então, porque além de ainda sermos namorados de mentirinha, eu amo você – anunciei, meio timidamente, já o vendo me encarar com uma expressão bastante confusa, franzindo o cenho em seguida.

Um Jeito Estranho de Amar + Cenas Inéditas + Conto ExtraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora