— Buchoca? Que porra de apelido é esse?

— Ué... Buchuda com Lindoca, dá Buchoca.

Não me aguentei e cai na risada sendo seguida pela Thea que tentava até agora não rir, mas não resistiu.

"Esse Ethan é demais, Senhor"

— Ai ai, Ethan. Só você mesmo para inventar uns apelidos surreais como esse.

— É porque eu sou especial.

— Então vamos, oh sua especial, senão a gente vai acabar se atrasando para o casamento da minha irmã e se isso acontecer, ela é capaz de arrancar os nossos paus à base da dentada. E não está escrito "Eu vou virar um eunuco hoje" na minha agenda.




THEODORA


Tínhamos acabado de sair da casa do Ethan, onde o mesmo fora buscar a roupa que ele iria usar no casamento da irmã do Apolo, quando de repente senti uma vontade enorme de tomar sorvete e não tive vergonha em expressar isso.

— Tô com desejo de tomar sorvete, Apolo.

— Eu também quero – Ethan anunciou no banco de trás.

— Não temos tempo, gente.

— Sua filha vai nascer com cara de sorvete.

— Isso mesmo, Buchoca. Joga praga nele.

— Ethan, cala a boca! – exclamou Apolo, que depois olhou para mim, aproveitando a parada em um sinal de trânsito – E isso que você disse é fisicamente impossível, ok?

— Por favor... – supliquei fazendo um gesto com as mãos.

— É miga, por favorzinho...

— Você vai pagar por acaso? – ele questionou o Ethan.

— Eu não.

— Então fica na sua.

— Deixa de ser mão de vaca, Cherzito.

Vi Apolo rolar os olhos e colocar o carro em movimento. Pensei que ele fosse direto para a casa dele, mas sorri e beijei sua bochecha quando o mesmo estacionou o carro a alguns metros de uma sorveteria chamada Ben & Jerry's.

— Tome – Apolo disse tirando uma nota de cinco dólares de sua carteira e me entregando – Vá lá comprar seu sorvete e volte no mesmo rastro. Não demore.

Assenti, já saindo do carro.

— Eu vou com você, Buchoca – escutei Ethan falar e logo ele me acompanhou, enlaçando seu braço ao meu.

Quando eu entrei na sorveteria, logo de cara vi o banner da novidade. Sorvete em forma de tacos mexicanos. Perguntei quanto era um, mas com a nota que Apolo havia me dado eu não conseguiria comprar então deixei Ethan fazendo o pedido dele e voltei até o carro.

— Me dá uma nota de vinte – mandei e ele me encarou com uma das sobrancelhas erguida.

— Tem é ouro nesse sorvete por acaso?

— Anda, Apolo. Me dá logo uma nota de vinte dólares – ordenei e o mesmo me passou a nota, meio emburrado.

Voltei para a sorveteria e me acabei em felicidade quando a moça me deu o meu sorvete-taco tamanho grande, já o Ethan havia comprado uma caixa pequena de sorvetes donuts, então retornamos para o carro.

Um Jeito Estranho de Amar + Cenas Inéditas + Conto ExtraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora